Após várias tentativas do governo liderado por Javier Milei de enfraquecer a educação pública, um grande protesto ocorreu nas principais cidades do país na terça-feira.
Centenas de milhares de pessoas se reuniram no centro de Buenos Aires, assim como em várias capitais provinciais, como Córdoba, Santa Fé e Mendoza.
Na capital argentina, uma operação policial intensa foi coordenada entre o governo local e o Ministério da Segurança Nacional, liderado por Patricia Bullrich.
Os reitores das universidades públicas, reunidos no Conselho Nacional Interuniversitário (CIN), ratificaram a Marcha Universitária Federal, enquanto pediam um diálogo com o governo nacional, que pretende cortar os fundos destinados à educação.
Eles argumentaram que as contas das instituições já passam por diversos controles do Estado, como o SIGEN e a AGN.
Oscar Alpa, vice-presidente do CIN e reitor da Universidade Nacional de La Pampa, expressou: “Representamos os mais de dois milhões de estudantes do sistema universitário, além dos quase 60 mil não docentes e 155 mil professores e estudantes universitários”.
Ele ressaltou que, apesar das diversas reuniões desde janeiro, o governo não respondeu adequadamente às demandas, reforçando a necessidade de diálogo.
As reclamações dos reitores incluíram o congelamento do orçamento universitário desde 2023, a defasagem salarial dos professores em mais de 50% desde a última atualização em novembro, atrasos na concessão de bolsas Progresar, questões relacionadas à ciência, tecnologia e pesquisa, e a paralisação das obras de infraestrutura universitária.
A manifestação teve início na Plaza del Congreso às 15h30 e contou com o apoio de várias confederações de trabalhadores, organizações de direitos humanos e partidos políticos.
A marcha seguiu pela Avenida de Mayo até a Plaza de Mayo, onde um palco foi montado em frente à pirâmide, próximo ao Cabildo.
Os organizadores expressaram sua intenção de realizar uma manifestação pacífica e pediram garantias de que as autoridades permitiriam o desbloqueio das ruas adjacentes à Avenida 9 de Julio. Eles enfatizaram a importância de que tudo transcorra sem incidentes.