Mercedes anuncia programa para cortar quase 2 mil funcionários

Informação foi confirmada pela direção da empresa em audiência pública nesta segunda (15). Funcionários temem demissões.

Caminhão na linha de montagem da fábrica da Mercedes no ABC paulista Foto: Divulgação

Trabalhadores de São Bernardo do Campo (SP) fizeram nesta quarta-feira passeata no centro da cidade em protesto contra demissões na fábrica de caminhões e ônibus da Mercedes-Benz. À tarde, dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da montadora voltaram a negociar, mas a empresa insiste na necessidade de cortar 2 mil funcionários que considera excedentes.

A fábrica tem 9,8 mil trabalhadores.

Na manhã desta quinta-feira (18), os funcionários voltam a realizar protestos e podem fechar parte da Rodovia Anchieta. Greve está descartada pois a empresa deu licença remunerada a quase todos os funcionários por tempo indeterminado desde segunda-feira, quando iniciou o envio de telegramas de demissão.

A reunião se estendeu pela noite, mas, durante um intervalo, o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, disse que a negociação “está difícil pois a empresa não vê melhoras no mercado neste ano nem no próximo”.

Na manifestação de quarta, que segundo o sindicato reuniu cerca de 7 mil pessoas, foram levados cartazes pedindo manutenção de empregos e a criação do programa de renovação da frota de veículos, antiga reivindicação da entidade e também das montadoras. Ambos os lados creem que a medida poderá reaquecer o mercado pois incluiria incentivos para a troca de veículos velhos por mais novos, especialmente caminhões.

Na terça-feira (16), o ministro do Desenvolvimento, Marcos Pereira, disse em evento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) que está empenhado com o projeto e pretende envolver os bancos públicos para facilitar o financiamento na troca. A intenção é que o programa comece a valer no próximo ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sair da versão mobile