A Federação Nacional de Professores de Educação Secundária (Fenapes) do Uruguai iniciou hoje uma greve de 48 horas nas escolas de ensino médio, em resposta a reivindicações trabalhistas que afetam diretamente a educação e as condições de trabalho do corpo docente. Durante este período, as aulas estarão suspensas e os professores se mobilizarão para expressar suas insatisfações com as decisões das autoridades educacionais.
O líder da Fenapes, Emilio Mandacen, explicou que a assembleia do sindicato decidiu pela paralisação em virtude da postura da Administração Nacional de Educação Pública (ANEP) durante as negociações em andamento. “Estamos enfrentando um ajuste profundo em uma negociação que se desenrolava de boa fé, mas agora temos um ajuste de grupo que compromete nosso trabalho”, afirmou Mandacen.
Ele alertou que essa situação está prejudicando não apenas a alocação de horas de trabalho, mas também a estabilidade no emprego de centenas de professores. A greve é um reflexo das tensões frequentes no setor educacional uruguaio, onde mobilizações são comuns tanto por questões trabalhistas quanto em protesto contra a violência nas escolas e as reformas educacionais implementadas pelo governo.
O movimento dos educadores busca garantir melhores condições de trabalho e um ambiente escolar que promova efetivamente a qualidade da educação. O descontentamento é crescente entre os professores, que defendem que a educação pública deve ser prioridade e que suas vozes precisam ser ouvidas nas decisões que impactam suas vidas e as de seus alunos.