Bombardeios intensos em El Fasher, no Sudão, podem levar ao fechamento do último hospital da cidade

Médicos Sem Fronteiras denuncia e exige proteção imediata para cidadãos e instalações de saúde.

Foto: Reprodução/MSF

Médicos Sem Fronteiras (MSF) emite alerta urgente sobre a situação crítica em El Fasher, Darfur do Norte, no Sudão, onde o último hospital público em funcionamento corre o risco de fechar devido aos intensos bombardeios. O hospital Saudita, que é apoiado por MSF, sofreu um ataque devastador, resultando na morte de um acompanhante de paciente e ferimentos em outras cinco pessoas. A unidade de saúde, que é a última com capacidade para tratar feridos e realizar cirurgias, está agora parcialmente funcional, e a possibilidade de mais ataques ameaça fechar completamente suas portas.

Desde que os combates se intensificaram em maio, o hospital já foi atingido 11 vezes, refletindo a falta de proteção às instalações de saúde e aos civis. Mais de 2.500 vítimas chegaram aos hospitais apoiados por MSF em El Fasher, com mais de 370 mortes confirmadas. A situação em El Fasher se agrava à medida que o número de civis feridos aumenta e a capacidade de atendimento médico diminui.

MSF expressa preocupação adicional com a situação no acampamento de Zamzam, onde a organização mantém uma instalação de saúde que não está equipada para tratar feridos de guerra. O acampamento também enfrenta uma grave crise de desnutrição, com um estado de fome declarado pelo Comitê de Revisão da Fome. A organização faz um apelo urgente para que as partes em conflito respeitem a proteção dos civis e das estruturas de saúde, além de permitir a passagem de suprimentos humanitários sem bloqueios.

Se o hospital Saudita ou a instalação de MSF em Zamzam forem atingidos novamente e se tornarem inoperantes, as consequências serão devastadoras, deixando os feridos sem atendimento e aumentando significativamente o número de mortos.

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