Em um dia como hoje, os Estados Unidos lançavam a bomba nuclear sobre Hiroshima

O ataque americano levou à morte mais de 80 mil pessoas e feriu outras 35 mil. No decorrer daquele ano, mais 60 mil morreram, devido aos efeitos devastadores da radiação.

Foto> Reprodução/Domínio Público

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Em 6 de agosto de 1945, o mundo testemunhou o primeiro ataque nuclear da história, quando os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica sobre Hiroshima, no Japão. Às 8h16, no horário local, o bombardeiro B-29, conhecido como Enola Gay, lançou a bomba apelidada de “Little Boy”, que resultou na morte imediata de aproximadamente 80 mil pessoas e feriu outras 35 mil. Até o final daquele ano, o número de mortos chegou a 60 mil, devido aos efeitos devastadores da radiação.

A bomba, com uma potência equivalente a 13 quilotoneladas de TNT, explodiu a cerca de 600 metros acima do nível do mar, próximo ao local onde hoje se encontra o Parque da Paz, no oeste do Japão. Três dias após o ataque a Hiroshima, os EUA lançaram uma segunda bomba nuclear sobre Nagasaki, intensificando ainda mais a devastação.

O então presidente dos Estados Unidos, Harry S. Truman, decidiu recorrer ao uso da bomba atômica após a resistência do Japão em aceitar uma rendição incondicional, visando encerrar a Segunda Guerra Mundial sem a necessidade de uma invasão ao território japonês.

A decisão de utilizar a bomba atômica tomada por Harry S. Truman, com o falso discurso de que o ataque nuclear evitaria uma invasão terrestre ao Japão, que poderia resultar em um número ainda maior de vítimas, levou a morte milhares de pessoas e deixaram outras com feridas com sequelas até os dias atuais. Três dias depois, Trumam atacou de forma mais devastadora Nagasaki, lançando outra bomba.

Na véspera do ataque, enquanto o Japão sofria bombardeios convencionais, a “Little Boy” foi cuidadosamente preparada e carregada no Enola Gay, pilotado pelo tenente-coronel Paul W. Tibbets. O avião decolou da ilha de Tinian, nas Marianas, às 2h45 do dia 6 de agosto. Cerca de cinco horas e meia depois, a bomba foi lançada, detonando 580 metros acima de um hospital em Hiroshima, com uma força devastadora. A bomba trazia inscrições, incluindo uma que dizia “Saudações ao Imperador dos homens do Indianópolis”, uma referência ao navio que transportou a bomba para as Marianas.

Antes do ataque, Hiroshima abrigava cerca de 90 mil edifícios, dos quais apenas 28 mil permaneceram de pé após a explosão. Dos 200 médicos que atuavam na cidade, apenas 20 sobreviveram ou puderam continuar trabalhando. Entre as 1.780 enfermeiras, apenas 150 estavam em condições de ajudar os feridos e doentes após o bombardeio.

A tragédia que se abateu sobre Hiroshima deixou cicatrizes profundas na história e na sociedade japonesa. Além da destruição material, o ataque nuclear causou um trauma indescritível aos sobreviventes, conhecidos como hibakusha. A memória desse evento terrível sublinha a importância de evitar a repetição de tais atrocidades.

Desde então, Hiroshima se transformou em um símbolo de paz e resiliência. A cidade tem sido um farol de esperança e um centro global para o movimento antinuclear.

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