Em um dia como hoje o Brasil perdia, o compositor Aldir Blanc aos 73 anos

Aldir abandonou a profissão de médico para tornar-se cronista e compositor, sendo considerado um dos grandes letristas da música brasileira.

Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia - IRDEB

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Quatro anos se passaram desde que a música brasileira se despediu de um de seus maiores poetas: Aldir Blanc. Falecido em 2020 aos 73 anos, vítima de COVID-19, o compositor deixou um legado inestimável de letras que marcaram gerações e se tornaram hinos da MPB.

Nascido no Rio de Janeiro em 1946, Aldir Blanc formou-se em medicina na década de 1960. Mas a paixão pela música falou mais alto, e ele logo se viu compondo e participando de festivais da canção. Nascia ali um dos maiores letristas da história da MPB.

A consagração de Aldir Blanc veio com a parceria com João Bosco. Juntos, criaram clássicos como “O Bêbado e a Equilibrista”, “O Mestre-Sala dos Mares”, “De Frente Pro Crime” e “Caça à Raposa”. A letra de “O Bêbado e a Equilibrista”, lançada em 1979, se tornou um hino contra a ditadura militar, ganhando ainda mais força na voz de Elis Regina.

Além da parceria com João Bosco, Aldir Blanc escreveu canções com outros grandes nomes da música brasileira, como Roberto Menescal, Ivan Lins, Wagner Tiso e Carlos Lyra. Sua obra também se estendeu à literatura, com a publicação dos livros “Rua dos Artistas e Arredores” e “Porta de Tinturaria”, que reúnem crônicas de sua autoria.

Mesmo após sua partida, a poesia de Aldir Blanc continua viva nas vozes de grandes intérpretes e nos corações do público. Suas letras, cheias de poesia, crítica social e reflexões sobre a vida, continuam a inspirar e emocionar pessoas de todas as idades.

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