Em um dia como hoje: no dia 24 de janeiro de 2003, falecia Sabotage, um dos maiores nomes do rap brasileiro

O rapper denunciou miséria, violência e racismo, deixando um legado de resistência ao sistema que oprime e mata jovens da periferia.

Foto: Reprodução

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No dia 24 de janeiro de 2003, a cena do rap brasileiro perdia um de seus maiores expoentes: Sabotage. Aos 29 anos, o rapper, compositor, ator e pai de dois filhos foi vítima de um crime brutal na Zona Sul de São Paulo. Duas décadas após sua morte, sua voz ecoa ainda mais forte, denunciando a miséria, a violência e o racismo que assolam a periferia.

Um Poeta das Ruas:

Mauro Mateus dos Santos, o Sabotage, nasceu e cresceu na Zona Sul de São Paulo, onde a realidade dura da periferia o moldou como artista e como homem. Desde cedo, ele se envolveu com a música, mas foi no rap que encontrou a forma de expressar suas vivências e questionar as injustiças sociais.

Com letras contundentes e flow único, Sabotage se destacou como um dos principais nomes do rap nacional. Em 1990, integrou o grupo RZO, que se tornou referência na cena underground paulistana. Em 1997, lançou seu único álbum solo, “Rap é Compromisso”, um marco do rap brasileiro por sua crítica social e poética afiada.

Além da Música:

Sabotage não se limitava ao rap. Sua veia artística o levou ao cinema, onde participou de filmes como “O Invasor” e “Carandiru”, sempre interpretando personagens complexos e marcantes. Sua atuação em “Carandiru”, como o preso Fuinha, lhe rendeu elogios da crítica e do público.

Um Legado de Resistência:

A morte precoce de Sabotage foi uma perda irreparável para a cultura brasileira. Mas seu legado segue vivo em suas músicas, em seus filmes e na memória de seus fãs e admiradores. Sabotage foi um guerreiro do rap que usou sua voz para lutar contra a opressão e defender os direitos dos mais marginalizados.

20 Anos de Saudade e Inspiração:

Vinte anos após sua morte, Sabotage continua a inspirar novas gerações de artistas e ativistas. Sua música e sua mensagem de resistência são mais relevantes do que nunca em um momento em que a desigualdade social e a violência policial se intensificam no Brasil.

Lembre-se de Sabotage:

Sabotage Presente!

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