Em um dia como hoje, em 11 de setembro de 1973, acontecia o golpe militar no Chile

Allende era profundamente contra o imperialismo norte-americano no país, pois estatizou empresas, implementou reformas estruturais, incluindo uma ampla operação de Reforma Agrária.

Foto: Reprodução

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Em 11 de setembro de 1973, o Chile vivenciou um dos eventos mais marcantes de sua história: o golpe militar que derrubou o governo democraticamente eleito de Salvador Allende. Liderado pelo general Augusto Pinochet, o golpe deu início a uma ditadura que duraria 17 anos, caracterizada por graves violações de direitos humanos, censura, repressão política e desaparecimentos forçados.

As Raízes do Golpe

 

Allende, o primeiro presidente marxista a ser eleito democraticamente na América Latina. A estatização de empresas estratégicas, a implementação de reformas de base e uma ampla operação de Reforma Agrária ameaçavam os interesses do imperialismo norte-americano e da elite chilena, que viam nessas medidas um risco à ordem estabelecida.

Com apoio dos Estados Unidos à derrubada do governo chileno, o golpe culminou com o bombardeio do Palácio de La Moneda, onde Allende morreu, em circunstâncias que até hoje geram debate. O regime militar subsequente impôs um período de autoritarismo, marcado por torturas, execuções e a supressão de liberdades, mas também por profundas mudanças econômicas neoliberais que moldariam o futuro do país.

A Conspiração e o Golpe

Em 1973, a direita chilena, inconformada com a perda do poder, arquitetou um plano para retomar o controle do país. O impeachment de Allende era o primeiro passo, mas o fracasso nas eleições municipais daquele ano obrigou a mudança de estratégia. Terrorismo, pressão política e intensa mobilização dos setores conservadores, com o apoio da CIA e da Doutrina Truman, criaram o clima ideal para o golpe militar.

A Ditadura de Pinochet

Em 11 de setembro, o golpe se concretizou. Liderado pelo General Augusto Pinochet, o regime militar instaurado no Chile mergulhou o país em um período de repressão brutal. Milhares de pessoas foram presas, torturadas e mortas. A liberdade de expressão, o direito de organização e os demais princípios democráticos foram suprimidos.

O Legado do Golpe

Apesar das atrocidades cometidas, a resistência popular ao regime militar nunca se extinguiu. Em 1988, um plebiscito popular deu fim à ditadura de Pinochet. O Chile iniciou um lento processo de reconstrução democrática, marcado pela luta, pela memória, verdade e justiça para as vítimas do regime.

51 Anos Depois

Cinquenta e um anos após o golpe, o Chile ainda luta para superar as feridas do passado. A busca por reparação das vítimas, o combate à impunidade e a consolidação da democracia são desafios que permanecem. A memória do golpe militar e da resistência heroica do povo chileno serve como um lembrete da importância da luta por justiça, liberdade e igualdade.

É fundamental recordar e homenagear os milhares de chilenos que lutaram contra a ditadura e defenderam a democracia. A luta por memória, verdade e justiça pelas vítimas do regime militar é essencial para a construção de uma sociedade chilena mais justa e democrática.

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