Em 22 de janeiro de 2006, Evo Morales Ayma assumiu a presidência da Bolívia, marcando um momento histórico como o primeiro presidente indígena do país. Seu partido, o Movimento para o Socialismo (MAS), conquistou uma maioria significativa no Congresso, com 84 representantes tanto na Câmara quanto no Senado.
Morales, de origem indígena da etnia uru-aimará, ganhou destaque na política boliviana como líder sindical dos “cocaleros”, agricultores que cultivam a coca. Ele resistiu às pressões dos Estados Unidos para substituir a coca por outras culturas, defendendo a importância cultural e econômica da planta.
Eleito com maioria absoluta nas eleições de dezembro, Morales tornou-se o primeiro presidente indígena da Bolívia e o primeiro a ser eleito em primeiro turno em mais de trinta anos, com 54% dos votos válidos. Ele seria reeleito em 2009 e 2014.
Os primeiros anos de seu governo foram marcados pela defesa dos recursos naturais bolivianos e pelo respeito à diversidade étnica e cultural do país, consolidando uma nova situação política na nação.