Xavante é um povo indígena que vive em áreas distribuídas dentro de estado de Mato Grosso, na Região Centro Oeste do Brasil, na chamada Amazônia Legal, que abriga a quarta maior população indígena do país, com cerca de vinte e quatro mil indivíduos. Nessa região, além dos xavantes estão os terenas, os parecis e os guaranis. Os xavantes são os mais numerosos, com cerca de 13 mil indivíduos.
Os índios xavantes estão espalhados em 12 áreas denominadas “terras indígenas”, algumas já regularizadas como reserva e outras em processo de estudo, são elas: Areões, Areões I, Areões II, Chão Preto, Marãiwatsede, Marechal Rondon, Parabubure, Pimentel Barbosa Sangradouro/Volta Grande, São Marcos, Ubawawe e Wedezé. Vivem ainda no Noroeste de Goiás, nas colônias indígenas de Carretão I e Carretão II.
Os xavantes se autodenominam “A’uwe Uptabi” (povo verdadeiro). Falam a língua aquém, akwén ou a’uwem, que pertence ao tronco linguístico macro jê, que contém 13 consoantes e treze vogais.
Os índios xavantes estão divididos em dois clãs diferentes ”õwawe” (água grande) e ”proza’õno” (girino). O casamento só é permitido entre membros de clãs diferentes.
O índio xavante é caçador e guerreiro. As índias aprendem a tomar conta da casa e da roça, a fiar algodão e coletar raízes na mata. Depois do contato cm a civilização se tornou comum a criação de animais domésticos para o consumo.
Os xavantes costumam pintar o corpo como preservação da cultura. Outro costume mantido é o ritual de passagem do adolescente para a vida adulta, onde o jovem permanece isolado dos demais membros da tribo, só saindo com os mais velhos para caçar e pescar. Quando chega o momento a relha do jovem é furada com um pedaço de osso de onça e o furo é preenchido com um adereço de palha especial. A partir desse momento, ele passa a ser considerado adulto e volta a conviver com o restante da tribo.