A usina de Itaipu assinou um novo convênio com a Associação de Xadrez de Foz do Iguaçu (AXFI), para incentivar a prática de xadrez e promover a inclusão social de crianças, adolescentes e adultos(as) da rede pública e pessoas com deficiências (PCDs), a partir de 6 anos de idade e em situação de vulnerabilidade social, por meio da prática desse esporte.
O valor do investimento no projeto Xadrez para Todos é de R$ 1.167.782,48 e tem vigência de cinco anos. O novo convênio vai beneficiar 600 pessoas no total. O anterior, de 2018, atingia 300 pessoas.
Os alunos(as) que mais se destacarem serão indicados para torneios e campeonatos locais, estaduais e nacionais. A atuação do projeto será nas quatro regiões do município, em especial com as instituições parceiras, como a Associação Fraternidade Aliança (AFA), CAIA, Mãos Para Servir, C.C. Vila C, C.C. Darci Zanata, Colégio Paganoto, C.C. Idoso, Colégio Almiro Sartori, Caia/Cidade Nova, Caia/Jd. Canadá, Caia/Portal e Caia/Medianeira.
Para o diretor-geral brasileiro, Enio Verri, “o xadrez é mais que uma disputa, que uma competição. É um jogo que desafia a inteligência, desperta o raciocínio rápido e ajuda a pessoa, na vida em geral, a manter-se atenta às atividades que faz, sem se dispersar, o que é importante na vida educacional e trabalhista”.
O presidente da AXFI e coordenador técnico do projeto, Pedro de Mendonça Caetano, concorda com a opinião do diretor-geral brasileiro de Itaipu e agradece à empresa pela sensibilidade em apoiar o projeto, “o que certamente nos permitirá criar futuros campeões, no jogo e na vida”. Segundo ele, o projeto inclui a busca da “melhoria da qualidade de vida e comportamental dos alunos”.
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E complementa: “Nosso foco é usar o xadrez como ferramenta social, incentivando as crianças e adolescentes a se manterem na escola ou irem para a universidade e ainda encaminhando esse pessoal para o mercado de trabalho como menor aprendiz, quando é o caso”.
O xadrez, reforça ele, desenvolve a concentração o cálculo, a superação de dificuldades, a ética, o respeito mútuo e às regras, o saber encarar a vitória e as derrotas, com as aulas sempre visando a formação do cidadão.
Caso de sucesso
Hugo Zanotti Mendonça Caetano, que hoje é árbitro nacional e fez recentemente curso técnico de xadrez por indicação da Confederação Brasileira, iniciou no esporte muito cedo, há 26 anos. Foi campeão brasileiro várias vezes e representou o Brasil nos mundiais na Rússia, no Emirados Árabes, na Itália e na Grécia. Caetano começou a jogar xadrez com o pai, Pedro Caetano, quando ainda era criança. “Ele me ensinou os primeiros passos e desde então nunca mais parei”, conta.
Para ele, “o projeto de xadrez em Foz do Iguaçu desempenha um papel crucial no desenvolvimento dos jovens da região, oferecendo mais do que apenas uma atividade de lazer. Ao introduzir o jogo de xadrez, não apenas se promove habilidades cognitivas como o pensamento estratégico, concentração e tomada de decisões, mas também se cria um ambiente propício para o desenvolvimento social e emocional”.
Por etapas
No primeiro semestre do convênio serão atendidos(as) 300 participantes a partir de 6 anos. Já do segundo semestre até o fim da vigência da parceria, a ideia é dobrar esse número para 600 jogadores(as), incluindo crianças e adolescentes, atletas com necessidades especiais e idosos(as).
O trabalho será desenvolvido pela AXFI, instituição que reúne ex-atletas, atletas, monitores, professores, professores auxiliares e profissionais de outras áreas, com apoio da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer da Prefeitura de Foz do Iguaçu.
O projeto vai possibilitar que os jogadores participem de no mínimo 12 competições por ano, entre municipais, estaduais e nacionais, de acordo com o período e possibilidades de participações.
Dos(as) 600 alunos(as), o que se espera é que 75% participem das atividades esportivas e 80% dos encontros/festivais promovidos pela AXFI. Também se espera uma participação de pelo menos 70% dos pais ou responsáveis nos eventos realizados pela associação e 80% em eventos e atividades extras por adesão. Do total de participantes, 100% devem estar estudando e procurando a melhoria no rendimento escolar (Nota Brasil), dos quais 80% com média igual ou superior a 7,0.
Cabe ao projeto promover o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários dos participantes, organizar quatro encontros por ano com pais e/ou responsáveis para fortalecimento de vínculos e/ou orientação acerca de garantia de direitos; organizar duas ações voluntárias para fortalecimento de vínculo entre as famílias dos beneficiários; promover dois encontros por ano com objetivo de sensibilização social, cívica ou educacional para as crianças e adolescentes participantes do projeto, além de fazer o acompanhamento psicossocial e educativo e fazer a busca ativa dos alunos(as) faltosos(as).
Todos (as) os(s) alunos(as) em idade adequada serão incentivados(as) a fazer o Enem, simulados preparatórios e cursos que poderão trazer benefícios à aprendizagem, facilitando sua entrada no ensino superior. Para isso, serão feitas roda de conversas, visitas a universidades e repasse de informações de cursos e do Enem.