Islândia dá lição de solidariedade e se oferece para receber refugiados

Foto: Reprodução

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Bryndis Bjorgvinsdottir resolveu criar um grupo no Facebook pedindo que o governo aumente a cota de refugiados que pretende receber anualmente. Atualmente, o número previsto é de apenas 50 pessoas por ano.

Diante do apelo, mais de 12 mil islandeses – o país tem pouco mais de 300 mil habitantes – ofereceram suas casa para receber o enorme contingente de refugiados  que chega à Europa todos os dias.

“Os refugiados são nossos futuros maridos e mulheres, melhores amigos ou almas gêmeas. Eles são os bateristas da banda dos nossos filhos, nosso futuro colega, a Miss Islândia 2022, o carpinteiro que finalmente vai terminar o banheiro, o atendente da cafeteria, o bombeiro, o gênio da informática ou o apresentador de televisão”, escreveu ela em uma carta aberta ao ministro do Bem Estar Social, Eygló Harðar.

Algumas mensagens na página oferecem aos recém-chegados comida, moradia, roupas e ensino: “Sou uma mãe solteira com um filho de seis anos de idade. Podemos adotar uma criança necessitada. Eu sou professora e poderia ensiná-la a falar, escrever e ler, além de ajudá-la a se ajustar à sociedade islandesa. Temos roupas, cama, brinquedos e tudo o que uma criança precisa. Eu, é claro, poderia pagar pela passagem aérea”, escreveu Hekla Stefansdottir, segundo a revista Time.

De acordo com o Guardian o primeiro ministro do país, Sigmundur Davíð Gunnlaugsson, afirmou que está ciente da crescente pressão popular, e disse que vai estabelecer uma comissão especial de ministros para discutir o tema e deliberar como “a Islândia pode contribuir o máximo possível”.

De acordo com dados do governo obtidos pelo jornal The Independent, a islândia recebeu 1.117 imigrantes em 2014. A Alemanha vem absorvendo a maior parte do fluxo de refugiados na União Europeia: o país já recebeu mais de 73 mil pedidos de asilo nos primeiros três meses do ano.

De acordo com o Global Peace Index, a Islândia é o país mais pacífico do mundo. Na outra ponta esta a Síria, que vive uma guerra civil desde 2011. Segundo a Organização das Nações Unidas, mais de 4 milhões de pessoas deixaram o país e há mais de 7,6 milhões de deslocados internos.

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