“Foi cruel e afetará mais as cidades do Interior”, diz sindicato sobre fechamento de agências e demissões no BB

Diretora da entidade destaca o impacto negativo nos funcionários que estão afastados do ambiente de trabalho durante a pandemia

Pegou de surpresa os bancários do Rio Grande do Sul o comunicado enviado pelo Banco do Brasil (BB) nesta segunda-feira (11) informando sobre um plano de reorganização para ganhos de eficiência operacional que prevê, entre outras medidas, o fechamento de 112 agências, além da criação de um Programa de Adequação de Quadros (PAQ) e de um Programa de Desligamento Extraordinário (PDE). O banco acrescentou que a implementação plena das medidas deve ocorrer durante o primeiro semestre deste ano.

Diretora do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (Sindbancários), Bianca Garbelini participou de reunião com a instituição pela manhã. Ainda não foram repassados os impactos locais das medidas. No entanto, ela reforça o receio provocado, principalmente, nas pessoas que estão afastadas do local de trabalho durante a pandemia.

– Foi bastante cruel. Já estamos neste momento delicado. Os funcionários em home office e aqueles afastados por serem de grupos de risco são os mais preocupados com tudo isso. Nós avaliamos que é um desmonte do papel público do Banco do Brasil, e acreditamos que o maior impacto será em cidades do interior – disse ela.

A coluna procurou também o Banco do Brasil para saber como as medidas atingirão a operação da instituição no Rio Grande do Sul. Ainda aguarda os dados.

O plano de reorganização fala em ganhos de eficiência em 870 pontos de atendimento do país, com a desativação de 361 unidades (112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento), a conversão de 243 agências em postos de atendimento e oito postos de atendimento em agências, transformação de 145 unidades de negócios em Lojas BB, sem guichês de caixa, relocalização compartilhada de 85 unidades de negócios e criação de 28 unidades de negócios (14 agências especializadas agro e 14 escritórios leve digital). A economia líquida anual estimada por estes movimentos é de R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025, informou o banco. Além disso, a estimativa é de que 5 mil funcionários venham a aderir aos dois programas de desligamento. (GaúchaZH)

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