Em 2022, o Brasil vivenciou um momento singular em sua história: o número de casamentos e divórcios se aproximou, com 970 mil casais se unindo e 420 mil optando pela separação. Essa estatística, divulgada pelo Registro Civil, revela um cenário social em transformação, onde os modelos familiares tradicionais se reinventam e os indivíduos buscam novos caminhos para a felicidade.
Apesar das incertezas e desafios, o ano de 2022 foi marcado por um crescimento de 4% no número de casamentos no Brasil, em comparação com 2021. Esse dado revela a persistente crença no amor e na construção de uma vida a dois entre os brasileiros, mesmo em tempos turbulentos.
Mais da metade dos divórcios judiciais (54,2%) envolve casais com filhos menores de idade. A guarda compartilhada, estabelecida como norma geral no Código Civil há uma década, está se consolidando como a principal modalidade, focando no bem-estar das crianças e na manutenção dos laços afetivos com ambos os pais.
Dados relevantes:
- Tempo médio de casamento: 13,8 anos (uma redução em relação aos anos anteriores)
- Divórcios em menos de 10 anos de casamento: 49,1%
- Divórcios extrajudiciais: 19% do total (um aumento de 5,4% em relação a 2021)
Fatores que podem ter contribuído para o aumento:
- Pandemia da COVID-19: A convivência intensa durante a crise pode ter acentuado conflitos e acelerado decisões.
- Mudanças sociais e culturais: Maior autonomia feminina, individualismo crescente e novas configurações familiares.
- Facilitação do processo de divórcio: A lei do divórcio em cartório (2017) e outras medidas que agilizam os trâmites judiciais.
Reflexões sobre o aumento dos divórcios:
- Importância do diálogo e respeito mútuo: Buscar soluções consensuais para evitar desgastes emocionais e jurídicos.
- Valorização da terapia: Acompanhamento profissional para lidar com questões emocionais durante o processo de separação.
- Políticas públicas de apoio: Necessidade de mediação familiar e suporte à guarda compartilhada para famílias em situação de divórcio.
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Apesar do aumento nos divórcios, o número de casamentos também continua alto, indicando que o desejo de construir uma vida a dois permanece forte entre os brasileiros.
Compreender as nuances e realidades por trás desses dados é essencial para um debate amplo e construtivo sobre o futuro das relações familiares no Brasil.