Carta Rumo à Cúpula dos Povos da COP 30 entregue ao governo é assinada por mais de 100 movimentos sociais

Ao divulgar a carta, os movimentos sociais reforçam o papel da sociedade civil como agente transformador, capaz de influenciar as políticas públicas e as decisões dos governos.

Foto: Divulgação

Durante a Cúpula dos Povos Rumo a COP 30, mais de 100 movimentos sociais lançaram uma carta preliminar com o objetivo de promover uma ampla articulação nacional e internacional em torno dos direitos dos povos e das questões climáticas. Diversos movimentos sociais de todo o país participaram da Plenária Nacional, que ocorreu nos dias 1o e 2 de agosto na sede da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares). O objetivo principal era criar um local para a sociedade civil participar da COP 30, que acontecerá em Belém em 2025.

No evento, Leila Denise, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), representou o movimento e enfatizou os desafios associados à criação da carta. A Carta Política – Cúpula dos Povos para a COP 30 foi leitura na plenária final, que contou com a presença do coordenador nacional Anderson Amaro. No encerramento, a versão inicial foi entregue aos representantes do Itamaraty, da Secretaria Geral da Presidência da República e do Ministério das Cidades.

O documento atende às expectativas do presidente Lula de que a COP 30 terá um envolvimento social significativo. A carta enfatiza a convergência de pautas entre várias organizações e movimentos, incluindo ambientalistas, mulheres, indígenas e quilombolas, entre outros, que se uniram pela defesa da justiça climática e dos direitos humanos.

A carta enfatiza a importância de lidar com as crises climáticas, ecológicas e civilizatórias, e critica a ineficiência das ações que estão sendo tomadas para combater essas crises.

A carta também defende a soberania alimentar, a agroecologia, a demarcação de territórios indígenas e quilombolas e o reconhecimento dos direitos da natureza. Além disso, fala sobre a promoção da comunicação livre e diversa, a luta contra a violência contra mulheres e minorias e o racismo ambiental e estrutural.

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