A participação do Brasil na 3ª sessão do Fórum Permanente de Afrodescendentes da ONU, em Genebra, na Suíça, foi marcada por importantes avanços na luta contra o racismo.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, representou o país em diversos encontros e painéis, compartilhando iniciativas e buscando fortalecer a cooperação internacional para combater esse mal estrutural.
Destaques da agenda:
Reuniões bilaterais:
Estados Unidos: retomada do Plano de Ação Conjunta para Eliminar a Discriminação Racial e Étnica e Promover a Igualdade (JAPER), com foco na sociedade civil, reparação histórica e combate à violência contra a população negra.
Colômbia: troca de experiências sobre os desafios das populações afrodescendentes na América Latina e busca por parcerias para ações conjuntas.
Painel “Reparação, justiça econômica e sustentável”: Apresentação do escopo das ações do Ministério da Igualdade Racial (MIR) para promover a cultura afro-brasileira, combater a violência e garantir direitos à população negra.
Destaque para o Programa Juventude Negra Viva e o Programa Federal de Ações Afirmativas (PFAA).
Enfatizada a importância da reparação como forma de garantir condições materiais, financeiras, econômicas e subjetivas para a plena vivência da população afrodescendente.
Plataforma de diálogo e cooperação:
O Fórum Permanente de Afrodescendentes da ONU se consolidou como uma plataforma fundamental para o Brasil apresentar seus avanços e desafios na luta contra o racismo.
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A participação ativa do governo brasileiro demonstra o compromisso do país com a promoção da igualdade racial e o reconhecimento das lutas da população afrodescendente.
Ações do MIR:
O MIR vem implementando diversas políticas públicas para combater o racismo e promover a igualdade racial no Brasil. Entre as principais ações estão:
Plano Juventude Negra Viva: visa garantir a proteção e a promoção da vida da juventude negra brasileira, combatendo a violência e promovendo oportunidades.
Programa Federal de Ações Afirmativas (PFAA): busca garantir a igualdade de oportunidades para negros, quilombolas, indígenas, pessoas com deficiência e mulheres.
Ações de salvaguarda e promoção do Sítio Arqueológico do Cais do Valongo: reconhecem a importância da história e da memória da cultura afro-brasileira.
Desafios e perspectivas:
Apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito para combater o racismo estrutural no Brasil. O país precisa continuar investindo em políticas públicas eficazes, promovendo a educação antirracista e combatendo a discriminação em todas as suas formas.
A cooperação internacional é fundamental para fortalecer as ações nesse sentido.
A participação do Brasil no Fórum Permanente de Afrodescendentes da ONU foi um passo importante na luta contra o racismo. O país precisa continuar engajado na busca por soluções para esse problema estrutural e garantir a plena igualdade de direitos para toda a população.