No dia 13 de maio, quando a Lei Áurea foi assinada, devemos encará-lo não como um símbolo de liberdade alcançada, mas sim como um momento de profunda reflexão e fortalecimento da luta antirracista no Brasil.
A versão oficial da história, que credita à Princesa Isabel o fim da escravidão, requer questionamento e uma nova abordagem. A abolição, ao invés de ser vista como um gesto benevolente da monarquia, foi conquistada através da incansável luta e resistência do povo negro, que enfrentou séculos de opressão e violência sob o regime escravocrata.
Inúmeras fugas, revoltas, expressões artísticas e táticas de guerrilha lideradas por homens e mulheres negras foram fundamentais para pavimentar o caminho em direção ao fim da escravidão formal. Figuras como Ganga Zumba, Zumbi dos Palmares, Dandara, Luís Gama, Luísa Mahin, José do Patrocínio, André Rebouças, Cosme Bento, José Luis Napoleão, Quintino de Lacerda, Maria Firmina dos Reis, Vicente de Souza, Ferreira de Menezes, Manoel Querino e Chico da Matilde, entre muitos outros, são exemplos da resiliência e determinação do povo negro na busca pela liberdade.
Limitar a abolição à figura da Princesa Isabel é apagar da história a luta e resistência do povo negro, perpetuando uma narrativa distorcida. É crucial reconhecer o papel vital desempenhado pelo movimento abolicionista e dar voz aos verdadeiros protagonistas dessa saga.
O 13 de maio nos recorda que a batalha pela igualdade racial está longe de ser concluída. O racismo estrutural ainda permeia a sociedade brasileira, mantendo desigualdades sociais, econômicas e políticas que afetam diretamente a vida da população negra.
É imperativo um compromisso contínuo com a luta antirracista, traduzido em ações tangíveis para enfrentar o racismo em todas as suas formas. Políticas públicas eficazes, educação antirracista, combate à discriminação no mercado de trabalho e promoção da representatividade negra em todos os setores são medidas essenciais para construir um Brasil mais justo e igualitário.
Lembre-se: • A Lei Áurea não significou o fim da escravidão, mas sim o começo de um novo estágio na luta por liberdade e igualdade racial. • O movimento abolicionista, liderado pelo povo negro, foi crucial para a abolição da escravidão formal. • O racismo estrutural ainda é uma realidade no Brasil e requer esforços contínuos e concretos para ser combatido. • A luta por igualdade racial é uma responsabilidade compartilhada por todos nós.
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Junte-se à luta antirracista! • Denuncie casos de racismo e discriminação. • Apoie iniciativas que combatam o racismo e promovam a igualdade racial. • Eduque-se sobre o racismo estrutural e suas manifestações. • Converse sobre o tema com amigos, familiares e colegas. • Exija políticas públicas eficazes para combater o racismo.
Cada um de nós pode contribuir para a construção de um Brasil mais justo e igualitário.