O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) determine a apreensão do celular da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP). A parlamentar está envolvida na crise entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Em conversas que a própria senadora revelou, ela tenta convencer Moro a ficar no cargo, em meio a polêmica envolvendo a troca de comando na Polícia Federal. Moro se demitiu após o presidente demitir o delegado Maurício Valeixo. O ex-ministro acusou o chefe do Executivo de tentar interferir na corporação por razões políticas e agir para obter acesso a relatórios de inteligencia policial.
Na sexta-feira (24), como revelou o Correio, minutos antes de Moro pedir demissão, Zambelli foi até o Ministério da Justiça para tentar conversar mais uma vez com o ministro. O pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, para que o Supremo abra inquérito para tratar do caso está sob relatoria do ministro Celso de Mello.
O pedido de Randolfe já está inserido no sistema, aguardando decisão do ministro. Pelo Twitter, a deputada afirmou que entrega seu celular voluntariamente. Agora o senhor Randolfe, o famoso “Senador DPVAT”, quer que meu celular seja apreendido. Como eu disse, ele já está à disposição das autoridades. Não tenho nada a esconder dos homens e mulheres da lei. Será que o próprio senador teria a coragem de abrir sua vida dessa forma?”, escreveu Zambelli.
Por Renato Souza / Correio Brasiliense