O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o bom momento da economia brasileira em uma declaração à imprensa na manhã desta quinta-feira, 29 de fevereiro, após reunião bilateral com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, em Georgetown. Para ele, o momento é de começar a colher frutos plantados em 2023, ao longo do primeiro ano de seu mandato.
A economia brasileira está voltando a crescer, o emprego voltou a crescer, estamos fazendo muito investimento em ciência e tecnologia, muito investimentos em educação, da creche à universidade. Estamos colhendo frutos de uma política muito promissora”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
Nesta quinta, o IBGE divulgou os números da PNAD Contínua, que mostram que o Brasil registrou a menor taxa de desemprego desde 2015 no trimestre encerrado em janeiro de 2024: 7,6% de desocupação. Com isso, a população ocupada do país chegou a 100,6 milhões de trabalhadores, crescimento de quase 2 milhões nos últimos 12 meses.
“A economia brasileira está voltando a crescer, o emprego voltou a crescer, estamos fazendo muito investimento em ciência e tecnologia, muito investimentos em educação, da creche à universidade. Estamos colhendo frutos de uma política muito promissora”, afirmou o presidente, que destacou também a abertura de novos mercados a produtos brasileiros: “foram 14 em janeiro, já seis no mês de fevereiro e ao todo chegamos a quase 70 em apenas um ano de governo. A nossa renda per capita está crescendo e 80% dos trabalhadores estão fazendo acordos com percentual acima da inflação”, registrou.
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O bom desempenho da economia nacional mereceu menção, nos últimos dias, até do Fundo Monetário Internacional (FMI). A diretora-gerente Kristalina Georgieva expressou elogios ao país em um texto intitulado “Como o G-20 pode aproveitar a recente resiliência da economia mundial”, publicado no blog do FMI na segunda-feira (26/2). Georgieva apontou, entre outros tópicos, o sucesso do Brasil no combate à inflação e por outro lado a reforma tributária, considerada por ela um marco significativo.
Integração Sul-Americana – Para Lula, o atual contexto é resultado de um trabalho de recuperação de dezenas de políticas sociais que tinham sido “exterminadas”, da retomada da valorização do salário mínimo e de um forte planejamento em ações de infraestrutura em torno do Novo PAC. Na conversa com o presidente guianense, um dos destaques foi a ênfase nos planos de integração regional, como o Rotas da Integração Sul-Americana, que tem um projeto específico para interligar o Brasil à Guiana por meio de estradas, pontes e hidrovias.
“Dentre esses projetos em infraestrutura, temos o compromisso com a integração do nosso continente. A ministra Simone Tebet (Planejamento), que veio aqui ontem, fez a apresentação do projeto que aproxima o Brasil, além da Guiana, a outros países da América do Sul, com o objetivo de chegar ao Pacífico e reduzir em 10 mil quilômetros a distância do nosso comércio com China, Japão e outros países”, explicou Lula.
Após a declaração, a delegação embarcou para Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas, no Caribe. Nesta sexta-feira e sábado, 1º e 2 de março, acontece no país a Cúpula de Chefes de Estado da CELAC (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos).