O Exército Brasileiro excluiu quatro tenentes-coronéis, incluindo Mauro Cid, da lista de promovidos no último ciclo de ascensões militares. Os oficiais, sob investigação pela Polícia Federal por envolvimento em um plano golpista que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022, não foram incluídos no Quadro de Acesso para a promoção ao posto de coronel.
Além de Mauro Cid, também foram excluídos os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Guilherme Marques de Almeida, Sergio Cavaliere e Ronald Ferreira, todos sob investigação. A decisão do Exército segue as ordens do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu as atividades dos militares. O ministro Alexandre de Moraes autorizou buscas e apreensões contra os oficiais, determinando o afastamento de suas funções.
O Exército concluiu o segundo ciclo de promoções da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), onde 124 oficiais, cerca de 30% da turma de Cid, receberam suas promoções a coronel. Contudo, os militares envolvidos na investigação perderam essa oportunidade e têm apenas duas novas janelas de promoção, previstas para dezembro de 2024 e abril de 2025, caso as investigações não resultem em indiciamentos.
Mauro Cid, que ocupava uma posição de destaque entre seus colegas na Aman, era esperado para ser promovido a coronel na primeira oportunidade. Agora, o futuro militar dele e dos outros envolvidos depende do andamento das investigações da Polícia Federal e das decisões futuras do STF, deixando suas carreiras em suspenso enquanto a situação se desenrola.