Com a participação de 29 escritores brasileiros, uma delegação de 90 convidados e mais de 50 intelectuais, o Brasil é homenageado na 36ª edição da Feira Internacional do Livro de Bogotá (FILBo). A abertura oficial do evento, nesta quarta-feira, na Colômbia, contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e marcou um momento importante na agenda do chefe de Estado brasileiro durante sua visita ao país.
Em seu discurso, o presidente destacou a capacidade transformadora da literatura. “A literatura não conhece fronteiras. Livros têm o poder extraordinário de nos transportar para outras realidades, ampliar horizontes e nos colocar no lugar do outro”, enfatizou.
A FILBo, que acontece até 2 de maio, é o maior evento editorial e cultural da Colômbia, com uma estimativa de público de mais de 600 mil pessoas. Com o lema “Ler a Natureza”, a feira promove não apenas o intercâmbio cultural entre Brasil e Colômbia, mas também fortalece as relações bilaterais entre países.
O presidente brasileiro ressaltou a importância do tema desta edição da FILBo, que destaca a interconexão entre o mundo humano e o mundo natural. Além disso, Lula mencionou o destaque dado ao líder indígena Aílton Krenak, participante do evento e primeiro indígena a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras em mais de 125 anos.
Durante sua fala, Lula anunciou que a Colômbia será homenageada na Bienal do Livro de São Paulo, em setembro deste ano. A ministra Margareth Menezes (Cultura), o ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos e da Cidadania) e o ministro colombiano da Cultura, Juan David Correa, também estiveram presentes na abertura.
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O Brasil conta com um pavilhão de 3 mil metros quadrados na FILBo, onde os visitantes podem explorar obras de autores brasileiros e aprender mais sobre a diversidade cultural e os biomas do país, com destaque para a Amazônia. O espaço também promove conversas sobre narrativas e experiências afrodescendentes, especialmente durante o Ciclo Afro, entre 22 e 27 de abril.
A participação brasileira na FILBo 2024 é resultado de uma ação conjunta entre o Ministério da Cultura e o Ministério das Relações Exteriores, com apoio do Instituto Guimarães Rosa, da Embaixada do Brasil em Bogotá, da Fundação Biblioteca Nacional e do Instituto de Cultura Brasil Colômbia.