O Governo Federal, por meio do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), realizou o segundo leilão de transmissão de 2024, que viabilizou R$ 3,35 bilhões em investimentos. O certame resultará na construção de 783 km de novas linhas de transmissão de energia elétrica e subestações, além de assegurar novos contratos para empreendimentos já existentes, garantindo a continuidade dos serviços essenciais à sociedade.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a importância desse leilão, afirmando que os recentes investimentos em infraestrutura de transmissão são fundamentais para a segurança de suprimento energético. “Estamos prezando pela qualidade e modicidade tarifária”, afirmou. A construção dessas novas linhas e expansões deve gerar aproximadamente 7 mil empregos diretos e indiretos, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do país.
Os empreendimentos ocorrerão em diversos estados, incluindo Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Santa Catarina. As obras estão divididas em três lotes, com deságios médios de cerca de 50% dos valores. O prazo para operação comercial das novas linhas varia de 42 a 60 meses, com concessões que se estenderão por 30 anos a partir da assinatura dos contratos.
No entanto, o MME solicitou a retirada do lote 2 do leilão devido às enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul em maio de 2024, visando mitigar riscos de implantação e problemas operacionais. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) será responsável por reavaliar os traçados das linhas de transmissão e as localizações das subestações no estado, com a expectativa de que essas revisões sejam concluídas ainda em 2024, possibilitando a inclusão dessas obras no próximo leilão em 2025.
Para os próximos anos, o MME já prevê mais três leilões de transmissão de energia elétrica, com um programado para outubro de 2025 e outros dois em 2026, em abril e outubro. O objetivo é manter a eficiência e a competitividade no setor, assegurando um futuro energético sustentável e robusto para o Brasil.