Mulheres, meninas e idosos sofrem retaliação por motivos políticos. Em um evento chocante que expõe a brutalidade da repressão política, a família Villalba foi alvo de uma violenta operação policial na madrugada de 12 de abril. Myrian, Rosa e Tania Villalba, refugiadas políticas na Argentina, foram detidas em suas casas, enquanto seus filhos e sobrinhas sofreram traumas e humilhações.
Brutalidade policial e terror infantil
A operação, que contou com a participação da Polícia Federal Argentina e da Interpol, foi marcada por extrema violência e arbitrariedade. As casas das vítimas foram invadidas sem mandado, com os agentes arrombando portas e algemando as mulheres na frente de seus filhos. As crianças, aterrorizadas, foram interrogadas e ameaçadas de serem levadas para abrigos institucionais.
Um legado de dor e luta
As irmãs Villalba são parentes de Carmen Villalba, líder do Exército Popular Paraguaio (EPP), presa há 17 anos. Em 2020, duas filhas de Carmen e sobrinhas das irmãs Villalba, María Carmen e Lilian Mariana, de apenas 11 anos, foram sequestradas pelas Forças Armadas Paraguaias, torturadas e assassinadas. O crime permanece impune, enquanto Carmen Elizabeth Oviedo Villalba, outra sobrinha, está desaparecida desde 2020.
Perseguição transfronteiriça e ameaça de extraditação
A família Villalba buscou refúgio na Argentina para escapar da perseguição política no Paraguai. No entanto, mesmo em território estrangeiro, elas continuam sendo vítimas de repressão. A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, declarou a intenção de extraditar as refugiadas, ignorando o princípio da não repulsão e as normas internacionais de proteção a refugiados.
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Violações flagrantes dos direitos humanos
A detenção das irmãs Villalba e a ameaça de extradição configuram graves violações dos direitos humanos. A criminalização de mulheres, meninas e idosos por motivos políticos, a tortura física e psicológica, e a negação do devido processo legal são apenas alguns dos crimes cometidos pelos governos do Paraguai e da Argentina.
Mobilização internacional e exigência de justiça
A comunidade internacional se mobiliza em defesa da família Villalba. Diversas organizações de direitos humanos denunciam as violações e exigem que os governos envolvidos sejam responsabilizados. A campanha “Eram Meninas” busca conscientizar a sociedade sobre o assassinato brutal de María Carmen e Lilian Mariana e a impunidade que cerca o caso.
Um clamor por paz e justiça
As vozes da família Villalba ecoam em um clamor por paz e justiça. É urgente que os governos do Paraguai e da Argentina cessem a perseguição política, garantam a segurança da família Villalba e punam os responsáveis pelos crimes cometidos. A comunidade internacional tem o dever de acompanhar este caso e pressionar por uma resolução justa e digna.