Protestos contra a reforma no ensino médio crescem no Paraná

Foto: Reprodução

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Estudantes e professores se reuniram em manifestação na manhã desta quarta-feira (4) em frente à Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Praça Santos Andrade, em Curitiba.

A passeata pela passou pelas ruas da região central e protestava contra a Medida Provisória 746/2016, do governo federal, que altera regras curriculares e de funcionamento do ensino médio. Entre as medidas, há pontos polêmicos, como o fim da obrigatoriedade de disciplinas como artes, filosofia e educação física.

O ato em Curitiba foi organizado por meio do Facebook. Por volta das 11h30, uma passeata saiu da Praça Santos Andrade, passando pela Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, e concentrando estudantes e professores na Boca Maldita. Após o meio-dia, um grupo apenas de estudantes seguiu em direção ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual, no Centro Cívico.

O protesto começou às 9h e ainda há movimentação na região central. Segundo os organizadores, 2 mil pessoas participaram da passeata.

“Não aceitamos o método autoritário utilizado pelo governo e não concordamos com o conteúdo do projeto encaminhado ao Congresso Nacional em regime de urgência, com a clara intenção de impedir que seja discutido democraticamente”, diz a descrição do evento, organizado pela União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES).

“Os jovens não quiseram ouvir a nossa equipe. Eles são radicalmente contra, mas vejo que é melhor conversar”, afirma. Segundo Ana Seres, a secretaria pretende aderir ao edital para a implantação de escolas em período integral, mas não vê condições de implantar em todas as escolas as ênfases propostas pela Medida Provisória do governo federal.

Professores

Uma coletiva de imprensa foi convocada para às 14h pelo sindicato que representa os professores do Paraná. A categoria deve debater o assunto da reforma, além de questões relacionadas às pautas trabalhistas. O governo do Paraná encaminhou proposta à Assembleia Legislativa suspendendo reajuste previsto para 2017. A promessa havia acabado com a greve dos professores no ano passado. Agora, servidores do Estado organizam nova greve para exigir o cumprimento da promessa.

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