Alexandre Silveira e presidente da ENBPar, Luís Fernando Paroli, participaram em Foz do Iguaçu (PR) do Fórum de Energia 2023. Em pauta, o futuro de setor elétrico.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quinta-feira (31), em Foz do Iguaçu (PR), que a Itaipu Binacional terá papel de liderança no processo de transição energética e na modernização do sistema elétrico brasileiro. “Queremos transformar Itaipu no grande berço de descarbonização do planeta”, afirmou.
A declaração foi feita na coletiva de imprensa que antecedeu a abertura do Fórum de Energia 2023, promovido pela Itaipu e que reuniu especialistas da área de energia do Brasil e do Paraguai, autoridades públicas e lideranças políticas. O objetivo do evento foi analisar tendências, trocar experiências e discutir os desafios e as oportunidades do setor elétrico.
Também participaram do encontro o diretor-presidente da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), Luís Fernando Paroli, e os diretores-gerais de Itaipu Enio Verri (Brasil) e Justo Zacarias Irun (Paraguai). A abertura foi feita pelo diretor financeiro executivo da Binacional, André Pepitone.
“Quase 90% da nossa matriz energética é limpa e renovável. E existe uma grande expectativa no mundo de o presidente Lula liderar o [chamado] Sul Global na relação com os países industrializados e monetizar a matriz energética dos países em desenvolvimento, gerando riqueza para combater as diferenças sociais que ainda são bastante latentes na nossa sociedade”, afirmou o ministro.
E completou: “Itaipu, sem dúvida nenhuma, e a Petrobras, serão as duas grandes protagonistas da transição energética no Brasil. Nós queremos integrar todas essas políticas [do setor de energia] para dar um exemplo para o mundo”.
Luís Fernando Paroli assinalou que é papel da ENBPar contribuir não só com a integração da Itaipu com a Eletronuclear, empresas controladas pela estatal, mas também com outros agentes do setor elétrico, visando o fortalecimento e o desenvolvimento rápido das fontes renováveis no País. “O Brasil, sem dúvida nenhuma, já começa a ser um exemplo para o mundo.”
Para Enio Verri, o encontro de lideranças do setor energético em Foz do Iguaçu “é uma honra e um reconhecimento do tamanho e da importância da Itaipu para o Brasil e o Paraguai”. “Não apenas no que se refere ao desenvolvimento energético, mas também econômico. Sem dúvida, esse debate abre um canal com todos os setores da sociedade”, reforçou.
Na abertura do Fórum, André Pepitone apresentou números e os desafios do setor elétrico nacional para os próximos anos, com ênfase na integração dos sistemas e na transição energética. Segundo ele, Itaipu é símbolo da capacidade de diálogo e de amizade para o desenvolvimento comum de dois países.
Hidrovia
Durante a coletiva de imprensa, Alexandre Silveira e Enio Verri revelaram que os governos de Brasil e Paraguai estão discutindo estratégias para o desenvolvimento hidroviário no Rio Paraná. O ministro destacou que o sistema será importante para fortalecer os negócios e a integração entre os dois países. “Vamos começar as negociações e lógico que Itaipu tem um papel estratégico no que se refere a financiamento e elaboração do projeto. Mas essas negociações passam pelos respectivos ministérios de Relações Exteriores”, observou o diretor-geral.
Painéis de discussão
O Fórum de Energia 2023 foi composto por dois painéis de discussão. O primeiro, “O futuro de Itaipu: oportunidades para o Brasil e o Paraguai”, foi moderado pelo diretor-geral brasileiro, Enio Verri, e teve a participação dos diretores Justo Zacarias Irum (geral-paraguaio), Renato Sacramento (técnico executivo), André Pepitone (financeiro executivo), Iggor Gomes Rocha (administrativo) e Carlos Carboni (Coordenação).
O segundo painel, “Transição energética e ecológica: desafios e oportunidades para o Brasil”, teve moderação do ex-presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal, Eduardo Sciarra, com a participação do diretor-superintendente do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Irineu Colombo; do assessor especial do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux; e do diretor do Instituto CTNI – Centro de Tecnologia, Novos Negócios e Inovação, Atiliano de Oms Sobrinho.
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