J Macêdo anuncia política livre de gaiolas

Foto: Reprodução

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Pioneira no setor de massas do Brasil, a empresa banirá ovos de gaiolas até 2025

A J.Macêdo anunciou, ontem (11), que se compromete a adotar a política livre de gaiolas  (cage-free) para galinhas poedeiras em sua cadeia de suprimentos. A empresa, que já está no mercado há 78 anos, responde hoje pelas marcas Dona Benta, Petybon, Sol e Brandini, representando a terceira maior fábrica nacional de massas. O Fórum animal esteve em contato com a empresa solicitando o compromisso.

Sendo a primeira empresa brasileira de massas a adotar essa política, a J.Macêdo declara que “é importante estimular esse modelo de produção de ovos, e impulsionar uma mudança positiva na cadeia de abastecimento, aprimorando dessa forma a gestão. Atitudes desse gênero reforçam a atenção e o respeito da J.Macêdo aos anseios da sociedade e às demandas dos consumidores” (Fonte: Avicultura Industrial).

“Iniciamos nosso terceiro ano de atuação contra gaiolas com o primeiro compromisso da indústria brasileira de massas. Já estamos dialogando com outras empresas do setor, com a certeza de que compreenderão o rumo inevitável em prol dos animais”, declara Dra. Patrycia Sato, nossa coordenadora de bem-estar de animais de produção.

Além da J.Macêdo, a Barilla já adotou políticas de eliminar o uso de ovos produzidos por galinhas engaioladas em seus produtos, com prazo para 2020. No setor de maioneses, também anunciaram esse compromisso a Unilever (Hellmann’s e Arisco), Cargill (Liza e Maria), Bunge (Primor, Soya e Salada), Hemmer, Kraft Heinz (Heinz e Quero) e Vigor (Vigor e Mesa); assim como McDonald’s, Subway, Burger King, Habib’s, Bob’s, Viena, Frango Assado, Spoletto, Domino’s Pizza, Giraffa’s, BRF, JBS, Divino Fogão, Griletto, Montana Grill, Croasonho, Starbucks, Casa do Pão de Queijo, Rei do Mate, Megamatte, Fran’s Café, Amor aos Pedaços, Grupo Bimbo e Wickbold.

Cerca de 90% das 100 milhões de galinhas usadas na produção industrial de ovos no Brasil passam suas vidas inteiras enclausuradas em gaiolas. No chamado sistema de gaiolas em bateria, as aves vivem tão apertadas que não podem sequer se virar ou abrir as asas. Cada gaiola confina de 5 a 10 animais juntos e fornece um espaço menor do que uma folha de papel A4 para cada ave. O uso de gaiolas em bateria convencionais já foi proibido em todos os países membros da União Europeia, Butão e Suíça. Outros países, como Nova Zelândia, Canadá e em sete estados norte-americanos já legislaram sobre o tema. Na Índia, terceiro maior produtor mundial de ovos, a maioria dos estados declarou que o uso de gaiolas em bateria viola a legislação federal anti-crueldade animal e o país, assim como a Austrália, discute uma proibição nacional.

Em sistemas livres de gaiolas (cage-free em inglês), ao invés de viverem em gaiolas apertadas, as galinhas vivem em galpões – com ou sem acesso a áreas externas para pastorear. Nesses sistemas, elas podem realizar diversos comportamentos naturais que são importantes para o bem-estar da espécie como caminhar, ciscar, botar ovos em ninhos, tomar banhos de areia e empoleirar-se.

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