Feliz 2017 – Aumento das Injustiças Sociais

Foto: Reprodução

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Por Amilton Farias – Opinião

Uma boa parte da sociedade mundial esperava ansiosamente a partida do ano de 2016, foi um ano difícil, vimos nesse ano as pessoas perderem a fé na humanidade, e quando isso acontece as injustiças sociais crescem.

E a prova disso é o descaso dos governos e instituições para com os mais necessitados, essa situação só aumenta o conservadorismo e assim cresce também a intolerância a exclusão e o preconceito…

Que em 2017 a humanidade seja despertada para salvar sua própria existência, que os refugiados e os imigrantes sejam aceitos, recebidos, incluídos e amados,

Espero que em 2017 possamos entender que o combate aos transgênicos, que a luta por geração de energia limpa, a demarcação de terra indígena e a sustentabilidade deve estar na pauta de discussões políticas sociais, e que as injustiças e os interesses pessoais movidos pelo lucro, pelo egoísmo e pela soberba sejam corregidas com todos aqueles que sofrem até hoje, pelo descaso e a falta das políticas públicas do passado e do presente.

Desejo que o mundo tenha consciência política, e que se valorize como cidadão pois não temos mais espaço para nenhuma classe de corrupção, seja ela praticada pelos políticos, pelas empresas e pelas entidades, nem tampouco pelo cidadão comum.

Que o lucro e os interesses pessoais movidos pelo egoísmo e soberba sejam excluídos da mente e do coração de cada ser humano, pois o egoísmo cega, impede de ver e reconhecer o outro, impede de nos ver no outro.

A igualdade não existe na mente e no coração do egoísta.

Que em 2017 digamos não a intolerância religiosa, ao preconceito e a discriminação, que não só o direito de ir e vir seja respeitado, mas também, o de ser e viver.

Que as crianças, os jovens e os idosos sejam respeitados, cuidados e protegidos, que as políticas públicas a eles sejam não somente criadas mas respeitadas e praticadas.

Que o mundo entenda que a violência doméstica provoca dor muito mais na alma do que as marcas visíveis de hematomas e cicatrizes. E que as mulheres não se calem, denunciem o agressor para que tenham sua total liberdade, só assim terão seus direitos garantidos e respeitados e que elas sejam livres da violência do preconceito e da discriminação.

Que as famílias se amem e se completem, independente do modelo de família, seja tradicional ou os novos modelos de se viver em família, que a sociedade compreenda que o mais importante não é o modelo e sim o companheirismo, o respeito e o amor com que vivem.

Que em 2017 surjam mais Phelipes, Eders, Nilsons, Thiagos, Claudios, Olgas e  Lucas, Alexandres, Fabios, Paulos, Bianores e Julios, Que siga surgindo Marias e Maras, Felipes, Aiexs e Elizangelas, Marinas e Paineis, o mundo é bem melhor com eles, com eles caminhamos para a revolução cidadã, pois a vida dessas e de outras pessoas não aqui nominadas são dedicadas a causa da transformação social, e elas tem feito a diferença, e dado sustentabilidade a esse mundo tão incerto, confuso, descontrolado e desiquilibrado.

Que o amor, a gratidão e o respeito individual e coletivo, não fique apenas nos poemas e nas canções, mas na prática e no nosso comportamento diário, pois é isso que transforma, que cura e que abençoa de fato e de verdade o próximo, o distante e o mundo.

Por fim, peço-vos que abandone o ódio, a amargura e o rancor, que o perdão a coragem e o amor seja uma prática constante, e não apenas um sentimento momentâneo, pois o perdão transforma,  a coragem nos leva a lutar pelos nossos sonhos pessoais e coletivos, e só o amor constrói, o amor tem o poder de quebrar todos os tabus de preconceito e descriminação. Só assim conquistaremos a equidade, a fraternidade e a justiça tão desejadas.

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As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor (a) e não refletem necessariamente a política editorial do Fronteira Livre

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