Encontros buscam apresentar possibilidades de parcerias entre empresa, prefeituras e demais entidades para desenvolvimento das regiões do Paraná.
Seguindo a proposta de apresentar as possibilidades de parceria da Itaipu Binacional com municípios do Paraná e Mato Grosso do Sul, o diretor-geral brasileiro da empresa, Enio Verri, se reuniu com as associações de municípios do Vale do Ivaí (Amuvi) e do Médio Paranapanema (Amepar) na sexta-feira (4).
Pela manhã, em Apucarana, Verri esteve na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) para conversa com lideranças estaduais, prefeitos demais autoridades dos 22 municípios que compõem a Amuvi. Na ocasião, apresentou a nova política da empresa, que pretende investir recursos em projetos socioambientais em todos os 399 municípios do Paraná e em mais 35 do Mato Grosso do Sul.
“A preocupação da Itaipu, prioritariamente, é manter o lago produzindo energia. O tempo de vida hoje é de 194 anos, mas se nós conseguirmos conter os detritos que vão até o lago ele pode durar muito mais. Por isso nós estamos fazendo uma política ambiental para todo o estado”, comentou.
Segundo o diretor-geral, na região da Amuvi há possibilidade de ajudar os municípios com recursos para coleta de material reciclável, com organização de cooperativas, além do investimento em conservação e asfaltamento de estradas rurais para conter a erosão que leva detritos para rios e córregos. “Todas são políticas que ajudam a conter o assoreamento do lago”, disse.
À tarde, a reunião aconteceu na Associação dos Municípios do Médio Paranapanema (Amepar), em Londrina. Novamente Verri apresentou as possibilidades de parcerias com a empresa e explicou o processo para a submissão dos pedidos de convênios.
Para concorrer aos investimentos, os municípios deverão criar projetos e apresentá-los eletronicamente à Itaipu. Todas as propostas serão analisadas pelo corpo técnico da empresa e, se aprovadas, receberão os recursos por meio da Caixa Econômica Federal, que também fará a fiscalização da utilização das verbas.
Os projetos devem prever uma contrapartida entre 5% e 15% do valor do convênio, definida conforme a receita do órgão beneficiado. As propostas podem ser individuais ou por meio de consórcio, reunindo diferentes entidades e municípios. A prioridade, de acordo com o diretor-geral, será dada às cidades de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e que enfrentem dificuldades como, por exemplo, baixo índice de saneamento básico.
Para o presidente da Amepar e prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre, as associações devem dar todo apoio para que os municípios menores tenham condições de pleitear esses recursos, dispondo de profissionais que saibam como criar e apresentar as propostas. “Porque o grande problema hoje dos municípios é montar, aí que entra a Amepar, que pode dar esse suporte técnico para os municípios que integram a associação”, reforçou.
Já o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, elogiou a nova postura da Itaipu e disse que a cidade está preparando vários projetos em busca das parcerias. “É uma coisa histórica, que nunca aconteceu nos 50 anos de Itaipu, no sentido de descentralizar essa que é uma das maiores empresas públicas do mundo e destinar recursos às cidades do Paraná para projetos socioambientais”, destacou.
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