Conselho de Segurança insta ação contra o tráfico de pessoas controlado por grupos terroristas

Foto: Reprodução

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Conselho descreve grupos como Boko Haram, ISIL e Exército de Resistência do Senhor como principais responsáveis por tráfico humano. Vítimas são, em maioria, mulheres e crianças.

O Conselho de Segurança pediu, nesta quinta-feira (16), para que os Estados-membros das Nações Unidas façam tudo o que estiver ao seu alcance para combater o tráfico de pessoas, especialmente os que são realizados com propósitos sexuais. Durante o encontro, o órgão adotou uma declaração presidencial instando os países a combater o tráfico humano em situação de conflito.

O apelo dos 15 membros do órgão citou o Estado Islâmico no Iraque e Levante (ISIL), o Exército de Resistência do Senhor (LRA) e o Boko Haram como os principais responsáveis por esse tipo de violação de direitos humanos e do direito internacional humanitário.

“Vamos ser claros sobre o que estamos discutindo hoje: tráfico humano é a escravidão da era moderna”, afirmou o vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson. “Escravidão não é apenas uma abominação do passado. Milhões de pessoas vivem como escravas, ou em condições análogas à escravidão enquanto falamos hoje, no ano de 2015”.

Ele explicou que milhões de pessoas, em sua maioria, mulheres e crianças, encontram-se em zonas de conflitos e são impedidas de fugir. Muitas foram vendidas, usadas para escravidão sexual, prostituição, adoção ilegal, trabalho escravo, criminalidade. Crianças são recrutadas e tornam-se soldados, alertou o representante da ONU.

A declaração do Conselho insta os países membros a executar todas as resoluções relevantes, desenvolver a implementação das obrigações legais para criminalizar, prevenir e combater o tráfico de pessoas, e ratificar a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transacional e o seu Protocolo Para Prevenir, Suprimir e Punir o Tráfico de Pessoas, Especialmente Mulheres e Crianças.

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