O Congresso da Argentina aprovou uma reforma tributária que eleva o teto a partir do qual se deve pagar o imposto de renda, deixando 1,3 milhão de contribuintes isentos
O Congresso da Argentina aprovou uma reforma tributária que eleva o teto a partir do qual se deve pagar o imposto de renda, deixando 1,3 milhão de contribuintes isentos, informou a senadora oficialista Anabel Fernández Sagasti.
“É um ato de profunda justiça. É um alívio para os que ganham menos de 150.000 pesos (US$ 1.500 mensais, ou R$ 9.195, na cotação do peso desta sexta-feira, 09/04), quase 1,3 milhão de trabalhadores”, disse a senadora, vice-presidente do bloco Frente de Todos, em coletiva de imprensa.
A modificação tributária ocorre no momento em que a inflação alcançou 7,8% somente nos dois primeiros meses do ano, apesar de o governo manter sua taxa anual de 29%. As consultorias estimam a taxa anual em 50%, segundo dados do Banco Central. Em 2020, o índice de preços ao consumidor aumentou 36,1%.
A reforma foi votada pela Câmara Alta perto de meia-noite de quinta-feira, com o apoio de 66 senadores e uma abstenção. A oposição apoiou a iniciativa.
Leia mais:
Quase 800 milhões de doses de vacinas aplicadas no mundo, mas em alguns países a vacinação ainda nem começou
“É uma medida de alívio fiscal focada na classe média. São 44,9 bilhões de pesos (450 milhões de dólares) que vão voltar para a economia. Tudo vai para o consumo, para o comércio”, estimou Sergio Massa, promotor da iniciativa e presidente da Câmara de Deputados.
Já o Brasil tem uma das cargas tributárias mais altas do mundo. A cada 12 meses de trabalho, os brasileiros gastam em média o salário de cinco meses e dois dias pagando impostos, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). São 153 dias de trabalho.