É uma arte de direção de carros que se fundamenta em deslizar nas curvas escapando a traseira do carro, girando o volante de forma que as rodas dianteiras fiquem sempre em direção oposta a curva, utilizando o freio de mão para controlar o nível de derrapagem, fazendo o carro andar de lado.
Diferentemente das categorias mais conhecidas, seu objetivo principal não consiste em ser o piloto mais rápido ou chegar na primeira posição, mas em fazer curvas “saindo de traseira”, “andando de lado” ou “rabeando”, com a ajuda do freio de estacionamento. Na maior parte das vezes, observamos belas manobras de pilotos muito talentosos, em um estado de automobilismo-arte em estado puro. Muitos apaixonados por carros preferem ver uma competição de drifting a uma corrida de F1.
O vencedor raramente é o piloto mais rápido, mas sempre o autor das manobras mais ousadas. Esta modalidade é muito popular nos Estados Unidos e, especialmente, no Japão, sendo tema de Velozes e Furiosos: The Tokyo Drift.
Há diversos grupos especializados em acrobacias automotivas, nos quais o drifting se mostra a base da apresentação, com grande sucesso de público há mais de 50 anos.
O Início de tudo.
O drift moderno teve início no “All Japan Touring Car Championship Races” 30 anos atras. O piloto japonês, Kunimitsu Takahashi, foi o criador da técnica em 1970. Ele ficou famoso ao entrar no ápice da curva (“Apex” ou ponto de tangencia é o ponto onde o carro esta mais perto da linha interna da curva) em alta velocidade e derrapando, conseguindo logo após, sair da curva com mais velocidade que o normal. Esta técnica lhe rendeu diversos campeonatos e uma legião de fãs que deram inicio ao drift japonês.
Um corredor de rua chamado Keiichi Tsuchiya ficou particularmente interessado no drift de Takahashi. Tsuchiya começou a praticar suas técnicas de drift nas montanhas do Japão, e rapidamente ganhou uma grande reputação. Em 1977, uma revista muito popular de carros concordou em produzir um vídeo sobre as habilidades de Tsuchiya. Esse vídeo, conhecido como Pluspy, se tornou um hit e inspirou milhares de corredores profissionais de drift que correm nos circuitos actualmente. Em 1988, o director chefe da Option magazine Daijiro Inada, ajudou a organizar o primeiro torneio especializado em drift.
Um dos primeiros eventos realizados fora do Japão foi em 1996, na pista de Willow Springs Raceway em Willow Spring na Califórnia, patrocinado pela revista e organizadora Japonesa Option. O Drifting expandiu-se por um grande numero de pessoas quer por adeptos quer por pilotos de todos os continentes. Uma das primeiras provas realizadas no continente europeu foi em 2002, escolhida pela OPT (Tuning Option Motorsport), o clube realizou um campeonato chamado D1UK que mais tarde se tornou na ADC (Autogly Drift Championship). Por razões jurídicas, a empresa foi obrigada a largar o nome Option e D1. O clube já foi absorvido pela D1 e franchisada como uma série nacional. Hoje em dia o Drifting evoluiu para um desporto competitivo, onde pilotos competem na retaguarda das rodas motrizes para ganhar pontos com base em vários fatores.
No topo desta competição esta a D1 Grand Prix oriunda do Japão que se expandiu em varias series de D1 fora do Japão como Estados Unidos, Reino Unido, Nova Zelândia, e Malásia onde cada país organiza a sua própria série D1 Grand Prix, outra competição que também esta em expansão e a Formula D que é feita nos Estados Unidos e na Nova Zelândia.
Muito tempo depois da sua criação o drifting chegou ao Brasil, só começou a ganhar destaque com a popularização do tuning e a chegada de jogos e filmes relacionados. O drift se tornou uma paixão para os brasileiros que curtem aventura e alta velocidade.
O Drifting ainda não é reconhecido pela FIA – Federação Internacional de Automobilismo (Federation International Automobile) como um desporto automóvel.