A justiça trabalhista determinou que o McDonald’s forneça registros de folha de pagamento de aproximadamente 2.700 funcionários na Grande São Paulo, devido a suspeitas de irregularidades salariais. Caso as acusações sejam confirmadas, a empresa poderá enfrentar uma responsabilidade de cerca de R$ 11 milhões em salários não pagos.
A investigação surgiu após um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) firmado entre o sindicato SINTHORESP e o McDonald’s em 2023, que estabeleceu um reajuste salarial mínimo de 16% para todos os trabalhadores, superando as taxas oficiais de inflação. Além disso, o ACT estipulou um salário mínimo de R$ 1.980,72 para todos os funcionários.
Entre julho de 2023 e fevereiro de 2024, o McDonald’s foi obrigado a apresentar um plano de ajuste salarial. No entanto, a falha da empresa em cumprir levou o sindicato a buscar ação legal para garantir a adesão da empresa ao acordo.
“Nosso papel é trabalhar em benefício dos nossos associados, sempre buscando melhores condições de trabalho e remuneração justa. Isso inclui verificar se os acordos que alcançamos estão sendo efetivamente cumpridos”, enfatizou Dr. Antônio Carlos Nobre Lacerda, coordenador jurídico do SINTHORESP.Se as alegações forem comprovadas, cada funcionário do McDonald’s poderá ter direito a uma média de R$ 4.055,04 em salários atrasados, totalizando aproximadamente R$ 10.948.608,00 para os 2.700 trabalhadores afetados.
O McDonald’s recebeu até segunda-feira, 1º de julho de 2024, para responder às alegações. O caso está registrado sob o número 1000510-70.2024.5.02.0067.
Pontos chave:
- O McDonald’s é acusado de não cumprir os termos de um acordo de negociação coletiva, o que pode afetar 2.700 funcionários.
- A empresa é suspeita de pagar menos aos trabalhadores e não implementar os ajustes salariais acordados.
- Uma ação legal foi iniciada para investigar as alegações e determinar a extensão da responsabilidade do McDonald’s.