Dirigido por Todd Southgate, o filme retrata os impactos sociais e ambientais da hidrelétrica de Belo Monte
O documentário “Belo Monte: Depois da Inundação”, dirigido pelo premiado cineasta Todd Southgate e narrado pelo ator Marcos Palmeira, explora a complexa história e as consequências da construção de uma das hidrelétricas mais controversas do mundo. Com um custo superior a $30 bilhões, majoritariamente financiado com recursos públicos, o projeto deixou um legado de violações de direitos humanos e severos danos socioambientais, afetando diretamente as comunidades locais ao longo do rio Xingu.
Vozes das Comunidades
Através de entrevistas impactantes com líderes indígenas, ativistas e moradores da região, o documentário ilumina as experiências das populações que enfrentam as consequências da inundação e a desestruturação de seus modos de vida. O filme destaca a luta incansável dos povos indígenas e movimentos sociais que buscam justiça e responsabilização pelos abusos cometidos na Volta Grande do Xingu.
Resistência e Mobilização
Além de relatar as adversidades, “Belo Monte: Depois da Inundação” também revela as estratégias de resistência das comunidades, como o povo Munduruku e comunidades ribeirinhas, que defendem seus territórios e direitos contra novos projetos destrutivos, como a UHE São Luiz do Tapajós. O documentário serve como um poderoso instrumento de conscientização e mobilização popular, inspirando ações para evitar a repetição de erros passados.
Reconhecimento e Impacto
Premiado com o troféu de júri popular no Festival Cineamazônia em 2016, o filme vem se destacando como uma ferramenta crucial para a conscientização sobre os impactos de grandes projetos hidrelétricos e a necessidade de respeitar os direitos das comunidades afetadas. “Belo Monte: Depois da Inundação” não apenas documenta uma realidade alarmante, mas também convoca todos a refletir e agir em defesa dos direitos humanos e da preservação ambiental.