PRF Retoma Investigação de Assédio Sexual Contra Ex-Chefe de Gabinete em Minas Gerais

As vítimas esperam que a nova investigação seja conduzida de forma justa e transparente

Foto: Divulgação/Polícia Federal

Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Minas Gerais reabriu, nesta quinta-feira (18), o processo administrativo contra Marcos Roberto da Silva, ex-chefe de gabinete da Superintendência da PRF no estado, por acusações de assédio sexual e moral. O caso, que havia sido arquivado em 2023, ganhou nova vida após uma reportagem do R7 revelar que o processo anterior foi encerrado sem a oitiva de todas as testemunhas.

Marcos Roberto foi denunciado por seis servidoras que relataram comportamentos inadequados ocorridos entre 2015 e 2018. As vítimas alegam que ele inicialmente se mostrava atencioso, ganhando a confiança delas, para depois tentar forçar intimidades. Quando recusado, ele retaliava com difamações, hostilidade e intimidações, gerando um ambiente de medo e constrangimento no trabalho.

A decisão de reabrir o processo e anular a decisão anterior evidencia as falhas na investigação inicial, que não considerou todas as provas e depoimentos. Um novo Processo Administrativo Disciplinar (PAD) será conduzido por um novo colegiado, incluindo pelo menos uma servidora, para garantir imparcialidade e justiça.

As vítimas afirmam que a investigação inicial não ouviu todas as testemunhas por elas indicadas, privilegiando apenas aquelas apresentadas pelo ex-chefe de gabinete. A falta de transparência e completude no processo gerou frustração e dúvidas sobre a integridade da investigação.

Marcos Roberto da Silva nega todas as acusações, alegando que sua inocência foi comprovada nas investigações anteriores. Ele já havia entrado com um processo cível por danos morais contra as vítimas, baseado no arquivamento do PAD.

A reabertura do processo é um passo significativo na luta contra o assédio sexual e moral no ambiente de trabalho. A decisão reforça o compromisso da PRF em garantir um ambiente seguro e acolhedor para todos os seus servidores, combatendo qualquer tipo de comportamento abusivo.

As vítimas esperam que a nova investigação seja conduzida de forma justa e transparente, com a oitiva de todas as testemunhas e a análise de todas as provas. Elas buscam não apenas a responsabilização do ex-chefe de gabinete, mas também o reconhecimento do sofrimento que passaram e a reparação dos danos causados.

O caso de Marcos Roberto da Silva é um lembrete de que o assédio sexual e moral ainda é uma realidade em muitos ambientes, inclusive na esfera pública. A reabertura do processo mostra que a luta por ambientes de trabalho seguros e livres de discriminação continua, e que a busca por justiça e reparação para as vítimas é essencial.

Sair da versão mobile