Quase 800 milhões de doses de vacinas aplicadas no mundo, mas em alguns países a vacinação ainda nem começou

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que até a segunda-feira (12/04), 788 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 já tinham sido aplicadas no mundo todo.

Foto: Reprodução

Os países que mais vacinaram, levando em conta número de doses para cada 100 habitantes, foram Israel, Seychelles, Emirados Árabes Unidos, Chile, Butão, Bahrain, Reino Unido e Estados Unidos. Todavia, em cerca de 20 nações, a vacinação ainda nem começou.

desigualdade é maior em países da África Central. As primeiras doses a serem distribuídas pela iniciativa global de vacinação Gavi Covax AMC, que envolve a parceria da OMS e Unicef, ainda não chegaram a lugares como Líbia, Madagascar, Burundi e Eritreia. No total, dez países africanos não iniciaram ainda a imunização de sua população.

“Como é a desigualdade na pandemia? No momento, alguns países ricos têm vacinas contra a Covid-19 suficientes para vacinar suas populações quase três vezes, enquanto menos de 1% das doses administradas globalmente foram para países de baixa renda. Isso significa nestes locais nem mesmo seus profissionais de saúde e populações vulneráveis começaram a ser imunizados”, alerta a organização internacional ONE.

Atualmente Estados Unidos e Europa têm em suas mãos o maior número de vacinas disponíveis globalmente. De acordo com o portal Our World in Data, 119 milhões de americanos já receberam pelo menos a primeira dose de uma das vacinas oferecidas no país. No Brasil, esse número é pouco maior do que 20 milhões de pessoas. Em Marrocos, ele beira os 4,5 milhões.

O primeiro carregamento de vacinas provenientes da iniciativa Covax foi entregue em Gana, em 24 de fevereiro. Desde então, 38 milhões de doses foram enviadas para 100 países. A estimativa é que mais 2 bilhões sejam distribuídas até o final de 2021.

“No momento, mais de 60% da população mundial vive em países que não terão ampla cobertura vacinal até 2022 ou até mais tarde, permitindo que o vírus continue a sofrer mutações e prosperar. Todos nós queremos desesperadamente voltar a algum tipo de vida normal, mas no final das contas o nacionalismo da vacina prolongará a pandemia e arrastará para baixo a economia global para todos. É uma estratégia autodestrutiva”, denuncia a ONE.

A organização está convidando todos a assinar uma petição online pela distribuição equalitária e justa das vacinas no mundo. O objetivo é que os governos compartilhem seus estoques excedentes com os países mais pobres. Participe também desse movimento! Acesse já o link aqui!

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