Se você está de férias em Buenos Aires, pode ter notado que a cidade estava tranquila demais. O motivo era a comemoração do Dia do Respeito à Diversidade Cultural, um feriado nacional que celebra a imigração e a grande diversidade de culturas da cidade – como sugere claramente o nome.
Se você já esteve na linda cidade de Buenos Aires, provavelmente percebeu a grande mistura de pessoas e influências culturais. Obviamente, a capital argentina tem suas próprias características que incluem – como bem dizem os guias de Buenos Aires – as carnes, o tango, o temperamento dos portenhos e o sotaque único dos argentinos. Mas a verdade é que muito do que é considerado tipicamente argentino ou portenho se deve à imigração, que teve um papel muito importante na formação da identidade de Buenos Aires – desde os primeiros imigrantes que chegaram à cidade no século XVI durante a colonização espanhola, passando pelos milhares de europeus que fugiram das duas guerras mundiais e se instalaram no país, até a imigração recente de asiáticos e nacionais de países vizinhos.
De 1895 a 1915 houve um boom populacional incrível na Argentina, que passou de ter 4 milhões a 7,9 milhões – quase o dobro em apenas 20 anos! Isso se deve especialmente ao grande fluxo migratório da virada do século XIX para o XX, com a chegada de imigrantes do Leste Europeu como armênios, e do Oriente Médio, como síriose libaneses, ao porto da cidade.
Porém, sem nenhuma dúvida, a grande maioria dos imigrantes que chegaram a Buenos Aires vieram da Itália. Uma estimativa atual indica que quase metade da população argentina tem algum nível de descendência italiana. E essa herança tana, como eles costumam dizer por aqui, é evidente em Buenos Aires: o lunfardo, por exemplo, como é chamada a gíria local, é usado amplamente hoje em dia, mas sua raiz está na língua italiana e ele começou a ser usado nas letras do tango. Outra característica similar entre portenhos e italianos é o hábito de “falar com as mãos”, utilizando muitos gestos para complementar o sentido da conversa. Obviamente, não podemos deixar de falar também da influência italiana na culinária argentina. Qualquer restaurante típico de Buenos Aires tem um cardápio repleto de opções de pizzas, milanesas e polenta.
Outra onda imigratória notória de Buenos Aires foi a de judeus que escaparam da perseguição nazista. A comunidade judia da capital argentina é a maior da América Latina e a sétima maior do mundo – carinhosamente, os portenhos se referem a ela como “la cole”, diminutivo de “la colectividad judia”. Por isso, os judeus têm um papel tão importante na configuração da cidade e no fato de o país reconhecer oficialmente feriados judaicos como o Rosh Hashaná, o Yom Kipur e a Páscoa Judaica.
Fluxos migratórios mais recentes têm razões principalmente econômicas e vem especialmente de países limítrofes como Bolívia, Paraguai e Peru, e de alguns asiáticos, como das Coréias e da China. Buenos Airestem até um bairro chinês – que não é tão grande quanto o Chinatown de Nova York, mas vale a pena conhecer. Uma visita ao Barrio Chino portenho, em Belgrano, pode ser um ótimo passeio – especialmente se você quer variar um pouco das onipresentes pizzas e milanesas comendo deliciosos pratos da culinária chinesa, como o Yakisoba.
Como você pode notar, essa é apenas uma parte da fascinante história de Buenos Aires. Para saber mais sobre a capital argentina, recomendamos que você faça um passeio guiado. Há várias opções de roteiros culturais sobre o tema: o Tour de Arquitetura mostra a influência dos imigrantes espanhóis nos edifícios da cidade, o Tour da Comunidade Judia te leva a conhecer a história da coletividade e o Tour de Imigração e Tango é especificamente sobre a influência dos estrangeiros na criação e no desenvolvimento do ritmo nacional.
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