Daniel Drexler em Foz do Iguaçu com turnê de encerramento de seu nono álbum

Foto: Divulgação

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Neste sábado, 22 de junho, Foz do Iguaçu recebe a turnê de encerramento do nono álbum de Daniel Drexler, “La voz de la diosa Entropía”. Após iniciar a turnê com duas apresentações em São Paulo e quatro shows na Argentina – em Córdoba, Buenos Aires, Rafaela e Villa General Belgrano, todos com teatros lotados – o artista seguiu para duas sessões em Florianópolis e apresentações únicas em Curitiba e Belo Horizonte. Agora, ele se apresentará pela primeira vez na cidade paranaense no espaço cultural A Casa. Os ingressos podem ser adquiridos pelo canal de comunicação da casa aqui.

Para marcar o fim do ciclo de seu álbum, Daniel Drexler optou por um show solo, apenas com seu violão. Em um tempo dominado por recursos tecnológicos, ele se propõe a um formato mais puro: “não depender de programações, não depender de pedais, não depender de nada. É um grande desafio, sinto muito medo, porque é como subir ao palco nu. É pior que subir nu. Eu poderia subir nu sem problema”, desabafa.

O processo de preparação para o show tem sido enriquecedor: “Mergulhei profundamente nas músicas, focando intensamente em como canto, como toco e no tempo das canções. Coisas mágicas começaram a acontecer, com canções que já toquei mil vezes ganhando novas formas. Meu desafio é fazer essa viagem no palco e levar a plateia junto”, explica o artista, que no álbum explora a relação entre caos e ordem, e a busca pelo equilíbrio.

Lançado em 2022, “La voz de la diosa Entropía” é o nono disco de Daniel Drexler. Com oito faixas, o álbum mistura Pop, Candombe, Reggae e arranjos orquestrados. Drexler foi premiado com o Prêmio Graffiti de la Música Uruguaya de Melhor Single Pop do Ano (2023) pela canção-título, que conta com Kevin Johansen, e Vitor Ramil em “Y de pronto”.

Inspirado pelo conceito científico e filosófico de que o mundo tende à desordem, Drexler personifica a lei da entropia em uma figura feminina e sagrada, reinventando o Olimpo dos deuses gregos com as grandes leis da física.

Médico de formação, Drexler revela: “A ideia de falar de uma deusa surgiu do encontro entre arte, ciência e religião. Imaginei um Olimpo moderno, onde em vez de Zeus e Afrodite, residem a lei da Gravidade de Newton, a lei da Relatividade Especial de Einstein, e a lei da entropia, que é a deusa suprema. É uma lei simples que diz: ‘As coisas, quando deixadas a evoluir por conta própria, tendem a desorganizar’”, explica.

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Quando perguntado se o público compreendeu a mensagem do álbum, Drexler acredita que sim, pois muitas pessoas compartilham as mesmas preocupações: “Qual é a nossa relação com o caos? Qual é a nossa relação com a ordem? Como encontramos o equilíbrio necessário para viver plenamente e encontrar felicidade? A vida é uma busca constante por esse equilíbrio dinâmico”, reflete.

Desde o início da turnê em 2022, Drexler evoluiu a apresentação para um formato mais destilado e puro. Inicialmente acompanhado por Martin Pisano, que toca teclado e dispara programações do Ableton, Drexler agora busca uma maior naturalidade no palco: “No início, tudo era sem fio, desde os monitores nos ouvidos até o microfone e o violão, permitindo uma liberdade de movimento. Agora, cheguei a um ponto de destilação máxima, buscando o elixir perfeito.”

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