O reggaeton como um fenômeno global

Saiba tudo sobre o estilo musical mais badalado na América Latina

Foto: Reprodução/Daddy Yankee e Luis Fonsi

Por Giovanni Antunes – Opinião

Resumo

Este trabalho tem o objetivo de analisar e compreender como o estilo musical denominado reggaeton foi inserido ou apropriado pelo mercado da música global e ocupou espaço em um mercado musical competitivo. Também pretende transpassar a visão acadêmica em relação ao reggaeton, buscando levantar o máximo de informações sobre a temática, trazendo à tona todos os seus impactos.

Palavras-chave: América Latina, Cultural, Fronteira, Globalização, Mercado, Música.

Abstract

This study aims to analyze and understand how the so-called musical style ” reggaeton ” was inserted or appropriate by the global music market, and occupied space in a competitive music market. And pierce the academic vision of the reggaeton seeking to raise as much information on the subject, bringing out all its impacts.

Keywords: Latin America, Cultural, Border, Globalization, Market, Music.

Introdução

O presente trabalho busca compreender como o reggaeton atingiu o ápice da música globalizada, atravessando fronteiras e atingindo países da América, Ásia e Europa. O estilo musical, primeiramente conhecido como “reguetón panamenho”, teve sua primeira aparição no Panamá, no final da década de 1970, mas foi em Porto Rico o seu sucesso, no início da década de 1980. É necessário, antes de se analisar o objetivo da temática, verificar os aspectos em que esse gênero musical esteve e está inserido, contextualizar sua origem, a relação cultural que havia com seus criadores e adeptos do estilo, e como esse estilo musical, que nasceu no Caribe, foi apropriado pelo contexto mercadológico da música global, tendo os Estados Unidos como principal ator desse movimento, com suas gravadoras e mídia eletrônica e televisiva como principais difusores da globalização musical.

Com o propósito de se compreender como ocorreu o fenômeno da globalização[3] de um estilo musical latino; de uma região em que historicamente não havia necessariamente um estilo musical de reconhecimento internacional pelo mercado, e sim apenas uma breve lembrança musical fazendo ligação ao país e sua posição geográfica, como relacionar a Argentina ao tango, o Brasil ao samba e a região do Caribe ao merengue.

Foi necessário analisar os contextos culturais globais iniciados há 20, 30 anos, com o fenômeno geopolítico da globalização não só do mercado no contexto tradicional. Nessa política mundial de globalização de mercado, também se buscou a globalização verdadeiramente multicultural e interdependente, que somente podemos compreender e mudar a partir de uma perspectiva plural que articule identidade cultural, interconexão global e política multidimensional.

Contextualizando o reggaeton:

Em meados do século 19, a França iniciou a construção do Canal do Panamá, uma obra de suma importância que permitiu  mais agilidade aos navios. Caso não houvesse o canal, uma embarcação que, partindo da costa oeste americana, tivesse como destino a Europa, por exemplo, teria de dar a volta em torno da América do Sul. Essa obra atraiu muitos trabalhadores, pois seria um dos maiores desafios e sua construção significaria uma importante conquista da engenharia. Entre esses trabalhadores estariam os jamaicanos, levando para o Panamá, que na época ainda era um território da Colômbia, seus costumes, entre eles a música reggae, que encantaria os habitantes da região panamenha.

Os primeiros cantores de reggae do Panamá surgiram em áreas periféricas. Os reggaes em espanhol foram ganhando força devido a uma preservação cultural arraigada pelos jamaicanos residentes nas proximidades da construção do canal, no entanto o primeiro disco de reggae panamenho teve seu registo na década de 1970. Em 1903, o Panamá conquistou sua independência com interferência direta dos Estados Unidos, e como “retribuição” pelo apoio na sua independência a construção do canal passou a ser responsabilidade dos americanos, com os franceses deixando de ser os responsáveis pela obra. Os americanos levaram, com essa nova administração, um grupo de trabalhadores que, devido à facilidade de se comunicarem com os descendentes de jamaicanos que viviam no Panamá, pois ambos têm o inglês como língua oficial, criou vínculos com os nativos panamenhos e demais grupos caribenhos recém-chegados para dar fim à construção do canal, que só seria inaugurado em 1914.

Ao analisar o contexto no qual o reggaeton está inserido, e como ele surgiu, é possível notar como a música está inteiramente ligada à cultura de um povo ou de vários povos.

Povos do mundo todo produziam música muito antes das primeiras orquestras, surgidas durante o barroco europeu, no século 16, e mesmo muito antes do século 11, quando Guido d’Arezzo criou a notação musical da forma como a estudamos até hoje. Feitas para cerimônias religiosas ou festivas, essas primeiras músicas, de diferentes culturas, influenciam-nos até os dias atuais (ALENCAR, 2008).

Ao se referir ao reggaeton e sua origem caribenha, é de certa forma uma complexidade compreendê-lo, pois se percebe uma aculturação[4] nos primeiros registros desse estilo musical e quando já possui características de um fenômeno global. A mistura de gêneros musicais na década de 1980 era grande, e isso se refletiu até chegar-se ao que hoje conhecemos por reggaeton latino. É certo que o reggaeton que se ouve no século 21 é uma construção do ponto de vista cultural e interesse mercadológico.

Na década de 1980, o mundo vivia um fervor cultural e social de grandes proporções. A luta política da época, como por democracia no leste europeu e na América Latina, refletia-se na cultura da época. Nos países que não tiveram uma experiência de um governo ditatorial, produziam-se músicas e canções de cunho político em clamor às liberdades ainda não conquistadas nos países. Com isso, o rock e o pop traziam suas letras de caráter contraditório da sociedade, como a exaltação dos corpos femininos, a liberdade sexual e o uso de drogas. O reggaeton vai ter seu firmamento em Porto Rico, onde se espalhou pelas discotecas de todo o país, tornando-se uma referência musical pop para jovens e adultos, e tendo logo de cara críticas, pois o reggaeton, assim como boa parte das músicas pop da época, fazia apologia ao sexo, e seus críticos diziam que impulsionaria as pessoas ao uso de entorpecentes e bebidas alcoólicas.

El reggaetón es um género musical que, en actualidad, cuenta com gran difusión a través de los medios de comunicación de masas así como digitales. Además tiene la posibilidad de consumo alternativo (piratería, música clonada). Es una música que alude a lo sexual de manera implícita y/o explícita, tanto en la letra de las canciones como en las imágenes de los videos musicales, así como en la forma de bailarla, llamada “perreo”. En estas expresiones se manifiestan de manera explícita diversas diferencias de género (ASELA, 2014).

Em relação ao reggaeton, surgiram críticas e críticos que buscavam de certa forma um fenômeno que caracterizaria males à sociedade latino-americana, como a proibição do estilo musical em Cuba, sob a alegação de que “letras agressivas, sexualmente explícitas, obscenas, que deturpam a sexualidade das mulheres cubanas, projetando-as como grotescos objetos sexuais com gestos ainda mais grotescos”, seriam proibidas na ilha. Mesmo que “características musicais” do reggaeton, que foram argumentos para a proibição, sejam encontradas em outros estilos musicais, segundo o presidente do Instituto Cubano da Música, Orlando Vistel, responsável pelo controle das rádios estatais da ilha dos Castros: “Não devemos particularizar um gênero, mas é evidente que isso é muito mais notório no reggaeton.”

É visível, de certa forma, a influência da música de modo geral em todos os países, no entanto afirmar que um estilo de música é responsável por todos os atos considerados inadequados é, sem dúvida, uma maneira de desqualificar um estilo, apenas pelo seu ritmo, e uma possível desonestidade intelectual na hora de selecionar fontes possivelmente ligadas a cunhos ideológicos.

O uso de fontes é um discurso muito importante na historiografia, porém na prática o apego a fontes bibliográficas e a documentos oficiais ainda está preferível, pois dizer que o reggaeton influencia as pessoas, de fato, é uma verdade, contudo é inadmissível não levarmos em consideração o seu valor cultural por meio da música. Por esses fatores, a pesquisa deve abranger as mais diversas áreas de comunicação. Tratando-se de um gênero musical em uma sociedade heterogênea e em um mundo globalizado, todos os recursos possíveis estão sendo abordados, levando em consideração autores que defendem a diversidade nas fontes.

Na amostragem de novos objetos da História, encontram-se trabalhos sobre o clima, o inconsciente, o mito, o cotidiano, as mentalidades, a língua: Linguística e História, livros, filmes, letreiros, legendas, técnicas de filmagem, filmes de propaganda política, festas de loucos, fantasias, comemorações nacionais, bailes, cores, programas de festas públicas e particulares, homenagens, músicas, celebrações religiosas, discursos, trajes especiais e uma infinidade de outras mais (…) (JANOTTI, 2008, p. 15).

reggaeton pode ser categorizado como uma espécie de movimento cultural derivado do reggae e considerado uma mistura de estilos musicais, vindo das ilhas do Caribe. Devido à carência de fontes bibliográficas em relação à música propriamente dita, as fontes usadas serão documentárias e reportagens jornalísticas que tratam o estilo musical de forma direta, porém ao trabalhar com fontes não escritas o cuidado deve ser redobrado.

O conceito moderno de documento rejeita a máxima metódica “o documento fala por si”. Portanto, as armadilhas de um documento audiovisual ou musical podem ser da mesma natureza das de um texto escrito. Mas é inegável que a maior armadilha reside na ilusão de objetividade do documento audiovisual, tomado como registro mecânico da realidade (vivida ou encenada) ou da pretensa subjetividade impenetrável do documento artístico-cultural (NAPOLITANO, 2008, p.239).

O objetivo é dar voz aos artistas que compõem esse gênero musical, dando visibilidade e credibilidade para serem levados em consideração seus depoimentos e suas concepções em relação à música, à cultura e à construção que o reggaeton percorreu para tornar-se o que conhecemos por reggaeton. Abundantemente seus ideais e seus valores estão ligados a um plano de sucesso, no qual sair da pobreza, ser reconhecido, viajar o mundo e manter-se no mercado, tudo isso está solidamente arraigado. É preciso esclarecer um nacionalismo muito forte nos cantores de reggaeton, principalmente quando estão fora de seu país realizando shows. Essas características estão presentes em suas letras de músicas, em que enaltecer o país de origem é sempre uma forma de não se esquecer de onde vieram.

Há também, em algumas canções, a ideia de América Latina – cantores inserem em suas canções o nome de todos os países, buscando certa união por meio da música. É o exemplo de: “La Gozadera”, de Gente de Zona e Marc Anthony, e “Rumba”, de Wisin e Anahí. São canções que buscam uma integração entre os povos do continente latino-americano, no entanto a questão mercadológica se sobrepõe a qualquer intenção de interagir.

Sobre o reggaeton propriamente dito, existe um documentário intitulado “El Origen Del Reggaeton – Chosen Few El Documental”, disponível no YouTube, relatando passo a passo sobre esse novo estilo, surgido na década de 1980 no Panamá e que vai vigorar sua essência em Porto Rico. É importante considerar esse documento, pois ele tem muito a dizer sobre os novos cantores que surgiram; sua contribuição é de forma clara e imediata, tratando-se de algumas entrevistas feitas com os defensores do reggaeton. El General pode ser considerado o primeiro cantor de reggae panamenho a dar um pouco mais de movimento a esse estilo, até então muito lento.

…mi nombre es Edgardo Franco mas conocido como ragamuffin “El General” y bueno estoy cantando desde que tengo dies, doce años, y el reggae realmente entro em mi vida en 1978 nosotros agaravamos los instrumentales que venian de Jamaica Y eran como 33 en otro aceleravamos a 45 porque era roots reggae, y asi fue como el reggae empezó a tomar un poquito mas de movimiento. Tenía un grupo que se llamava Renato y las quatro estellas y yo era uno de las estellas de este grupo, y Renato no hablava español pero el se esfuerzo y dijo: – yo tengo que oir reggae em español! El le dio y le dio y lle dio y salio reggae en español… (El General, 2012)

A grande questão relacionada ao movimento reggaeton e à comunidade acadêmica é justamente o impacto negativo que algumas canções causam na sociedade, como o uso de drogas lícitas e ilícitas e a prostituição, no entanto se faz necessário, quando falamos de sociedade como um todo, analisarmos todo tipo de material, tentando a todo instante deixar que o objeto de pesquisa fale por si só, buscando a imparcialidade para que o trabalho em questão seja elaborado de forma qualitativa e faça sentido ao ler. O relato de El General pode ser classificado como peça fundamental para entender as origens desse estilo musical, toda a relação entre Panamá e Jamaica, o contexto da construção do canal e outros fatores que levaram à aproximação entre os dois países. É claramente impossível imaginar barreiras e impasses geopolíticos ou ideológicos se levarmos em conta as redes sociais e outros veículos de comunicação. É impossível entender um estilo musical altamente relativo no que diz respeito a letras sem ao menos ouvi-las. Esse prejulgamento ocorre pelo simples fato de não se identificar ideologicamente com o tipo de material produzido por esses cantores.

A desconstrução de uma construção é algo que infelizmente não ocorre de forma pacífica no campo das ideias. Propor um debate historiográfico e outras formas de análise significa receber críticas principalmente da corrente marxista. Este pode ser considerado o grande desafio historiográfico do século 21: permitir o debate e o impasse relacionado à história.

Mais adiante, no mesmo documentário El origen del reggaton, outros artistas falam a respeito desse novo estilo que surgiu nas ilhas do Caribe na década de 1980. Vico C discorre sobre o tema:

…Reggaeton como tal, yo siempre dijo es un complemento que se a conbiertido em algo muy inportante, porque esencial hip-hop pero con un sabor, mas conpatible con el caribe, con el latino… (Vico C, 2012)

Para Vico C, em primeiro lugar está a influência do hip-hop e depois o surgimento do reggaeton. Interessante notar a contradição dos próprios cantores em relação à origem desse movimento. Estabelecer uma data ou um fato para explicar a música é um trabalho desgastante, pois ela surge de forma natural em qualquer ambiente.

Fator determinante para compreender a enrascada do mundo musical é sem dúvida analisar o perfil de quem ouve e frequenta shows de determinado estilo; neste caso, o reggaeton. De fato essa demanda caminha de acordo com o tempo, porque já se migrou do disco de vinil, fita, CD, DVD e atualmente as músicas podem estar em qualquer lugar com a internet. Para os cantores, a relação com os fãs está bem mais próxima do que era a dos cantores  no século 20. Estabelecer essa relação entre cantor e público-alvo fica por conta do marketing. Entender o que leva o argentino, boliviano, chileno, entre outros, a se identificarem com esses cantores não é o nosso objetivo neste projeto, mas é uma questão que nos leva à reflexão, que pode estar relacionada a uma série de fatores, entre eles o idioma.

Outro depoimento importante é de Coyote, um radialista de Puerto Rico que foi pioneiro na divulgação do trabalho dos novos artistas da música urbana.

(…) Bueno la emisora mix es un… es la, la estasion la primera, diriamo a sonar  vente quatro horas por dia y siete dia la semana reggaeton. Sonando em el momento la falta  que hacia pal 1999 em Puerto Rico despues que el genero estaba ganando fuersa, estaba creciendo… yo trabajava em una radio que se llamava I-96… poniendo esta musica le cortan de todas las estaciones de radio inclusive de la television. Y entonces fue hai que um equipo de trabajo que esta comigo, decidimo crear MIX la primera estacion de radio a sonar 24 horas por dia el reggaeton. Despues que habían boicotiado de la radio y de la television… pues decidimos crear (…) las criticas no paran pero seguimos pa lante tu sabe como es hoy em día es la radio que mas se escucha em Puerto Rico(…)

Nesse depoimento fica clara a dificuldade de o reggaeton  consagrar-se, pois é claramente um estilo visto como maus olhos. A grande questão é a força que esses cantores tiveram para continuar e se tornarem o que são. Essa rádio, existente até hoje em Porto Rico, foi sem dúvida peça fundamental na divulgação desse trabalho, criando uma perspectiva aos jovens cantores naquele tempo.

Contudo, o reggaeton não foge da regra do mundo globalizado, vende sua imagem de forma atrativa e sem receios. Indo de um show em um estádio de futebol a um templo religioso, realmente a música pode ultrapassar fronteiras e desconstruir ideias preestabelecidas. Esse potencial é sem dúvida um grande avanço nas relações globais de um mundo conectado dia após dia cada vez mais.

Conclusão:

A percepção que se tem ao olhar para a história do reggaeton pode ser classificada como uma mistura de estilos que configuram um novo ritmo sem precedentes. Pode ser considerado um dos estilos latinos mais conhecidos mundialmente, conquistando seu espaço no mercado americano de forma gradual, ganhando espaço na Rússia e Oriente Médio. Música visivelmente dançante, tendo sua total hegemonia em Porto Rico, já é epidêmica em outros países como Colômbia, onde atualmente há uma quantidade de cantores reggaetoneros conquistando seus espaços e atingindo seu público-alvo.

Partindo do anterior, pode-se dizer que o reggaeton é uma representação da sociedade contemporânea no aspecto musical apresentando características de uma globalização e atendendo ao seu público de forma compatível, encaixando-se muito bem em cada país justamente por não se tratar de ideologia e política, e sim de música. Esse fenômeno, surgido do imprevisto, conta com cerca de 20 cantores conhecidos mundialmente, sem mencionar alguns que nunca saíram de Puerto Rico. De certa forma, toda crítica realizada sobre as letras produzidas tem sua importância e deve ser considerada para entender sua conjuntura, porém ignorar a massa de seguidores e cantores defensores desse movimento é prematuridade diante de uma pesquisa que não pode ser dada como definida, pois o reggaeton não para de ser reinventado e a música de forma geral não tem fim.

[1] Graduando do Curso de Licenciatura em História – Faculdade União das Américas/Foz do Iguaçu – PR – geo_pedroso@hotmail.com.

[2] Graduando do Curso de Licenciatura em História – Faculdade União das Américas/Foz do Iguaçu – PR – rafa.vnr.92@gmail.com.

[3] Como a temática do trabalho não analisa a “globalização” e seus gêneros que se inserem nesse fenômeno, estabelecemos que o termo globalização quando repassado tem como caráter o processo iniciado na segunda metade do séc. 20, e ampliado no início da década de 1990, que conduz a crescente integração das economias e das sociedades dos vários países, no que toca à produção de mercadorias e serviços, aos mercados financeiros, à difusão de informações interligadas, e à integração cultural.

[4] Processo pelo qual duas ou mais culturas diferentes, entrando em contato contínuo, originam mudanças importantes em uma delas ou em ambas. Quando dois ou mais grupos entram em contato direto e contínuo, geralmente ocorrem mudanças culturais nos grupos, pois se verifica a transmissão de traços culturais de uma sociedade para outra. Alguns traços são rejeitados e outros são aceitos, incorporando-se, frequentemente com alterações significativas, à cultura resultante. É a fusão de culturas diversas, dando origem a uma nova cultura.

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*Giovanni Antunes é historiador e professor da rede municipal em Foz do Iguaçu

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