A Podologia contribui para a melhora da qualidade de Vida

Melhora da saúde dos pés: a podologia ajuda a prevenir e a tratar problemas que podem causar dor, desconforto e até mesmo infecções.

Foto: Reprodução

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Por Rozelia Pretko – Opínião

Atuando há quatro anos como técnica. Agora graduada em podologia, é a primeira de Guarapuava  e está entre as primeiras do Paraná. Colou grau dia 24 de fevereiro de 2018, em Londrina. Primeira turma formada no Paraná.

Segundo Rozelia, com amplo conhecimento em anatomia, fisiologia, patologias e biomecânica dos membros inferiores, conhecimento técnico e científico,  possibilitam  a atuação  em equipe interdisciplinar e multidisciplinar.

A profissão está fundamentada nas ciências básicas da saúde e tem como principal objetivo a prevenção e a promoção da saúde dos pés, ressalva Rozelia.

Os membros inferiores, dizem muito sobre a saúde do ser humano como um todo. A cor, a temperatura, a sensibilidade, inchaço, entre outros, podem revelar problemas mais sérios.

Manifestações de doenças dermatológicas, sistêmicas, alterações endócrinas, metabólicas, por exemplo, apresentam sinais clínicos nos pés, principalmente nas unhas.

Rozelia Pretko destaca que a saúde dos pés atua diretamente na qualidade de vida das pessoas. Eles nos carregam o tempo todo, suportam peso e sobrecarga. São protagonistas na função de andar, pular, correr, escalar, realizar atividades físicas e praticar os mais variados tipos de esportes.

O desempenho e o resultado da maioria dos esportes sofrem  influência conforme o estado de saúde dos pés.  A falta de cuidados com a saúde dos mesmos pode ser a causa de algumas limitações e até mesmo da impossibilidade de realizar alguma atividade.

Tais limitações e impossibilidade deve-se a dor, trauma, desconforto, falta de cuidados preventivos, uso de calçado inadequado  ou o tempo prolongado de uso do mesmo calçado, bem como calçados desgastados, fora de validade.

Rozelia salienta, os pés enfrentam o uso de sapatos de salto alto e de bico fino, passa por toda a transformação do corpo durante uma gestação, como inchaço, cansaço, ganho de peso, má circulação sanguínea e linfática.

Viver nas pontas dos pés é a rotina dos bailarinos e bailarinas, lembra Rozelia. A dor, trauma e cansaço físico, principalmente nos pés, fazem parte do dia a dia da profissão. É indispensável manter a saúde dos mesmos, em dia.

A prevenção e a promoção da saúde dos pés, melhora a qualidade de vida do ser humano, em todos os aspectos. Além de proporcionar melhor desempenho nas atividades físicas, esportivas e profissional, como citado acima, também é muito importante para a Saúde Ocupacional. Dentre todos os fatores considerados na hora da contratação, os pés normalmente são esquecidos, além disso, as empresas não oferecem em seus Planos de Saúde o serviço de podologia.

Rozelia destaca que as realizações das atividades diárias de trabalho ficam comprometidas, pois em um pé inflamado, por exemplo,a dor é persistente.  Compromete a concentração, desempenho, qualidade de vida no trabalho, bem estar e até mesmo a segurança do colaborador.

O caso de uma unha encravada (onicocriptose), por exemplo, mesmo usando medicamento para minimizar a dor, que nem sempre acontece, a unha continuará crescendo e agravando o quadro clínico.

Rozelia salienta que o podólogo além de realizar o procedimento, investiga por meio de uma anamnese e avaliação podológica, a causa da podopatia (doença no pé), sugerindo o melhor tratamento.

Paciente diabético tem a perda gradativa da função dos nervos dos pés e pernas, diminuição progressiva da sensibilidade, circulação sanguínea deficiente, dificultando a cicatrização de ferimentos. Um simples calo pode evoluir para uma úlcera, podendo resultar em uma amputação de membro.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), estima-se que mundialmente ocorram duas amputações por minuto. Sendo o pé diabético a principal causa.

Rozelia destaca a importância do atendimento podológico e a necessidade de ser ofertado pelo SUS.  “A prevenção feita através do procedimento podológico, custaria menos aos cofres públicos, do que os tratamentos por diagnósticos tardios,  pela falta do atendimento preventivo.”

A profissão amarga sua regulamentação há mais de 12 anos. Esperamos que aconteça de forma justa e possamos criar o nosso Conselho Profissional.

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*Rozelia Pretko é podóloga e empresária na cidade de Guarapuava no Paraná

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As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor (a) e não refletem necessariamente a política editorial do Fronteira Livre

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