Procedimento raro beneficia mãe e bebê no Hospital Costa Cavalcanti

Um procedimento realizado em poucos hospitais do Brasil, e ainda pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ajudou uma mãe e sua bebê no Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC).

Uma das formas de diagnóstico da placenta acreta é por meio da ultrassonografia. Foto: Pexels

Uma das formas de diagnóstico da placenta acreta é por meio da ultrassonografia. Foto: Pexels

Uma intervenção cirúrgica incomum, realizada em poucos hospitais do Brasil e ainda pelo SUS, foi fundamental para ajudar uma mãe e sua bebê no HMCC.

Conhecida como “embolização de artérias hipogástricas/uterinas”, a cirurgia foi necessária devido a uma condição rara chamada acretismo placentário. Esta condição ocorre devido à fixação anormal da placenta, que pode invadir órgãos vizinhos, como a bexiga, em alguns casos. A operação interrompeu deliberadamente o fornecimento de sangue na região pélvica da paciente de 29 anos, cujo nome será mantido em sigilo médico, após o parto, garantindo assim que os procedimentos subsequentes fossem realizados com menor sangramento e maior taxa de sucesso.

A placenta acreta é frequentemente associada a cesáreas anteriores e curetagens uterinas. No caso da paciente, esta era sua quarta gestação. “O diagnóstico foi feito na 16ª semana, após um episódio de sangramento. Tanto a mãe quanto o bebê estavam em risco de vida, então buscamos uma solução para garantir a segurança de ambos”, explicou a obstetra Danielle de Freitas.

A equipe cirúrgica contou com a participação de diversos profissionais, incluindo os médicos Alan Gurgel, Danielle de Freitas, Michel Cotait Junior, Nilton de Nadai, Edward Frasson, Carmen Suzana Alvarenga, Alexandre Costa, além de médicos residentes em ginecologia e obstetrícia e a equipe de enfermagem.

Após o procedimento, a bebê nasceu prematura extrema com 24 semanas, em 9 de março, e desde então tem recebido cuidados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. “Somos imensamente gratos por todo o cuidado prestado e por terem salvado a minha vida e a da minha filha”, expressou sua gratidão a paciente.

“Esse tipo de procedimento cirúrgico é raro e pouco praticado em hospitais brasileiros, pois requer uma alta especialização técnica, profissionais altamente qualificados, bem como materiais e equipamentos específicos”, destacou a médica Danielle.

Ela acrescentou que no HMCC o procedimento já foi realizado com sucesso em duas pacientes do SUS. “Muitas pacientes nos procuram com essa condição, que apresenta alta taxa de morbimortalidade materna, mas nem todas são candidatas para esse procedimento. Temos tido a oportunidade de realizá-lo apenas naquelas que realmente necessitam, contribuindo para salvar a vida dessas mães”, ressaltou Dra. Danielle.

“Nosso maior compromisso é com a vida e é gratificante ver nossa equipe médica empenhada em técnicas e procedimentos raros, mas que alcançam os resultados desejados. Parabéns aos nossos profissionais e que sorte a paciente ter cruzado o caminho desses médicos”, enfatizou o diretor técnico do HMCC, Dr. Julio Cesar.

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