Greve contra a privatização de escolas começa com ato público em Foz do Iguaçu

Educadores farão protesto contra o projeto “Parceiros da Escola” em frente ao NRE/Foz, nesta segunda-feira, às 9h; acampamento será na Praça da Paz.

Educadores deflagram a greve com ato público no NRE/Foz – foto: Arquivo/Assessoria

Educadores deflagram a greve com ato público no NRE/Foz – foto: Arquivo/Assessoria

Em resposta à tentativa de privatização da educação pública, representada pelo projeto “Parceiros da Escola”, educadores iniciam greve por tempo indeterminado nas escolas estaduais, nesta segunda-feira, 3. A paralisação começará com ato público em frente ao Núcleo Regional de Educação (NRE) de Foz do Iguaçu, às 9h.

Sob o slogan de greve “Não venda minha escola!”, a categoria é contra o projeto que transfere a gestão de instituições públicas para o setor privado, além de terceirizar a função de funcionários escolares. Essa proposta já foi rejeitada pela comunidade escolar em 2022, quando o governo pretendia instituí-la inicialmente em 29 escolas.

Para a APP-Sindicato/Foz, a intenção não é mais do que transferir recursos públicos para empresários, ou seja, dinheiro do erário, para o setor privado. O efeito, aponta, será a perda da qualidade de ensino, exclusão de alunos, redução de salários e também a abertura para “pejotização” da educação: a destruição da carreira docente.

“Há dois anos, quando esse projeto foi derrotado pela população, ele já trazia diversas irregularidades, assédio moral e abuso de poder econômico”, relembra o presidente da APP-Sindicato/Foz, Ari Jarczewski. “Agora, Ratinho Junior volta com essa tentativa, que não apenas é autoritária como é ilegal”, completa.

O professor alerta que a proposta ameaça o modelo de gestão democrática conquistado historicamente, excluindo educadores, pais, mães e estudantes de decisões fundamentais. “O governador usa a sua máquina de propaganda para confundir o real objetivo do projeto, a qual é a privatização do ensino público e gratuito”, frisa.

O dirigente sindical ressalta que o número de 200 escolas listadas pode ser apenas o começo de uma privatização ilimitada. “Lembremos do acúmulo de ataques de Ratinho Junior, que começam e não param, a exemplo da imposição de diretores, recentemente, profissionais que agora perdem suas atribuições com esse projeto do governo”, contextualiza Ari.

Acampamento da greve

Após o ato público no NRE/Foz, a categoria seguirá para o acampamento da greve instalado na Praça da Paz, no centro. Ainda, cerca de 100 educadores de Foz do Iguaçu e região reforçam o ato público estadual, em Curitiba (PR), na segunda-feira.

Não venda minha escola! – Foz 

Data: 3 de junho (segunda-feira), às 9h
Local: NRE/Foz (Quintino Bocaiúva, 429, centro)
Horário: 9h
Acampamento da greve: Praça da Paz, a partir do ato pública

(AI APP-Sindicato/Foz)

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