Em um avanço significativo na luta contra a dengue, Foz do Iguaçu inaugurou nesta segunda-feira (29) a Biofábrica de Mosquitos Método Wolbachia. Essa nova tecnologia, resultado de uma parceria entre a Itaipu Binacional, Ministério da Saúde e outras instituições, promete revolucionar o controle da dengue na cidade.
A biofábrica produz mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, que impede a multiplicação dos vírus da dengue, zika e chikungunya no organismo do inseto. Com o tempo, a população de mosquitos com Wolbachia se torna predominante, reduzindo drasticamente a transmissão das doenças.
A Itaipu Binacional foi fundamental para a implantação da biofábrica, investindo em equipamentos e na adaptação do espaço. “Essa parceria demonstra o nosso compromisso com a melhoria da qualidade de vida da população”, afirma Kleber Vanolli, gerente da Divisão de Iniciativas de Responsabilidade Social da Itaipu.
Como funciona a tecnologia Wolbachia?
O método Wolbachia é considerado seguro e eficaz, pois os mosquitos utilizados não são geneticamente modificados e não transmitem outras doenças. A bactéria Wolbachia já foi testada em diversos países com resultados promissores, reduzindo significativamente os casos de dengue.
Os mosquitos produzidos na biofábrica serão liberados gradualmente em áreas estratégicas da cidade. Antes da liberação, será realizada uma ampla campanha de conscientização da população sobre o método Wolbachia.
“Esperamos que essa iniciativa contribua para reduzir drasticamente os casos de dengue em Foz do Iguaçu e sirva de modelo para outras cidades”, afirma Diogo Chalegre, líder de Relações Institucionais e Governamentais do Instituto WMP.
Com a implantação da biofábrica, Foz do Iguaçu se posiciona como referência no combate à dengue no Brasil. Essa iniciativa demonstra o compromisso das autoridades e da sociedade com a saúde pública e a qualidade de vida da população.