A Revoada dos Galinhas Verdes e o Confronto na Praça da Sé

A história do embate entre integralistas e militantes de esquerda que marcou o Dia da Revolução no Brasil

Foto: Divulgação

No dia 7 de outubro de 1934, quando a Ação Integralista Brasileira completava dois anos, um grande desfile estava programado para a Praça da Sé, em São Paulo. No entanto, os seguidores de Plínio Salgado foram surpreendidos por uma mobilização sem precedentes de militantes de esquerda, que decidiram deixar suas diferenças de lado para enfrentar a ameaça do fascismo no Brasil.

Anarquistas, trotskistas, comunistas, socialistas, sindicalistas e imigrantes fugitivos de ditaduras europeias transformaram a Praça da Sé em um campo de batalha, com tiros, bombas, metralhadoras, mortos e feridos. O que deveria ser uma celebração da força integralista se tornou a maior humilhação sofrida pelos ‘galinhas verdes’ (apelido depreciativo dos integralistas, conhecidos por suas camisas verdes).

Escrito pelo jornalista Fúlvio Abramo (1909-1993), A Revoada dos Galinhas Verdes narra a história desse dia e traça um panorama político de uma época em que o fascismo avançava no Brasil e no mundo. Hitler detinha poderes totais na Alemanha, e a Itália fascista exportava seu modelo de ação, promovendo a destruição de comunistas, anarquistas e “raças inferiores”.

Com rico material iconográfico, o livro apresenta fotos do arquivo do Centro de Estudos Mario Pedrosa e do acervo de Vladimir Sachetta, entre outras fontes. Além disso, inclui uma minuciosa cronologia sobre a ascensão do fascismo e a resistência antifascista no início do século 20.

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