Queda no número de inadimplentes no país é a maior desde junho de 2020

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No Paraná, a inadimplência é maior na faixa de 26 a 40 anos

No Paraná, a inadimplência é maior na faixa de 26 a 40 anos

O ano de 2024 começa com uma boa notícia para o sistema de crédito do país: o número de consumidores que não conseguem pagar suas contas apresentou a segunda queda consecutiva no último mês do ano passado. Mais do que isso, o Mapa de Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa registrou em dezembro a maior redução em três anos e meio e a segunda maior em cinco anos: queda maior, somente a de junho de 2020, de 1,2 milhão de pessoas.

Mesmo com a redução esperançosa, o endividamento ainda é alto no país, com 71,1 milhões de CPFs nessa situação. De acordo com o Mapa de Inadimplência, o valor total de dívidas em dezembro chegou à soma de R$ 367 bilhões, o que significa uma dívida média de R$ 5.174,62 por pessoa endividada – redução de 1,70% em relação ao valor de novembro (R$ 5.263,99). No Paraná, o endividamento atinge 3,7 milhões de CPFs, com um valor total de dívidas somando R$ 21,7 bilhões e uma dívida média de R$ 5.855,56 por pessoa endividada.

“O programa Desenrola desenvolvido pelo Governo Federal e os Feirões da Serasa contribuíram decisivamente para esses dados de novembro e dezembro”, diz Aline Maciel, gerente da plataforma Limpa Nome. “Somente a Serasa registrou um total de 4,1 milhões de acordos de débitos realizados ao longo do ano passado, concedendo um total de R$ 11,7 bilhões de descontos a 2,5 milhões de brasileiros”.

Faixa etária e segmento das dívidas

Entre as faixas etárias, os maiores inadimplentes de dezembro no Brasil tinham entre 41 e 60 anos (35%), seguidos pela população de 26 a 40 anos (34,2%) e por pessoas acima de 60 anos (18,7%). O motivo da maior parte das dívidas continua concentrado em quatro setores: bancos e cartões (27,92%), contas básicas de água, luz e gás (24,04%), financeiras (16,85%) e o setor de varejo (11,07%).

No Paraná, a inadimplência é maior na faixa de 26 a 40 anos (36%), seguida pela população de 41 a 60 anos (34,6%) e por pessoas acima de 60 anos (16,7%). Os segmentos que mais concentram dívidas no Estado são bancos e cartões (24,57%), contas básicas (18,65%), financeiras (15,06%) e serviços (14,71%).

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