Biografia: Gracchus Babeuf

Foto: Reprodução/Gracchus Babeuf

 Nascido em Saint-Quentin na Picardia, Gracchus Babeuf era um jornalista que participou da Revolução Francesa e considerado o criador de estratégias políticas que forneceram um modelo para os movimentos de esquerda do século seguinte. Filho de Claude Babeuf, um soldado do exército francês que havia desertado (1738) para ingressar no exército de Maria Theresa da Áustria e, anistiado (1755), retornou à França.

Viveu seus primeiros anos de vida em extremas dificuldades, o que certamente contribuiu para o desenvolvimento de suas opiniões políticas, muito influenciadas pela opinião humanista do pai. Não teve uma boa educação básica, e aos 12 anos de idade, passou a trabalhar como pedreiro nas obras do canal da Picardia e aos 17 anos tornou-se aprendiz em um tabelionato.

Com a morte do pai (1780), trabalhou intensamente para sustentar a esposa, dois filhos, sua mãe e irmãos. Depois de ler Rousseau, passou a desenvolver teorias próprias em favor da igualdade e da coletivização das terras e a escrever prolificamente sobre teorias socialistas. Iniciou-se como jornalista político (1788) e, já em Paris, fundou um periódico, Le Correspondant Picard (1789), o que lhe valeu sua primeira condenação. Depois da prisão trabalhou como funcionário público no departamento de Somme. De volta a Paris fundou um novo periódico, Le Tribun du Peuple (1794), no qual atacava os jacobinos.

Preso novamente (1795) formulou na prisão suas doutrinas igualitárias, pregando a distribuição de terras e riquezas nos moldes similares ao do estadista romano Graco. Após a revolução francesa, ocupou funções municipais e voltou a escrever artigos políticos, sob a assinatura de Gracchus Babeuf, criando o movimento denominado babovismo.

Novamente preso (1796) por participar de um movimento que defendia o retorno da constituição (1793), a Conspiração dos Iguais, foi julgado e condenado à morte na guilhotina e executado em Paris. Embora os termos socialismo e comunismo não existissem na época em que viveu, eles foram usados posteriormente para descrever suas idéias.”

“Quando o governo viola os direitos do povo, a insurreição é, para o povo e para cada porção do povo, o mais sagrado dos direitos e o mais indispensável dos deveres.” Gracchus Babeuf

François Noël Babeuf, conhecido como Gracchus Babeuf nasceu em Saint-Quentin, Picardia em 23 de novembro de 1760 foi sucessivamente servo doméstico, artesão, pedreiro e depois encarregadodos registros (contabilidade) de uma propriedade senhorial.

Publica em 1790 “O Cadastro Perpétuo”, em que defende as reivindicações de igualdade radical do povo de Paris.

Várias vezes preso e solto por causa de suas posições.

Fez-se chamar Gracchus em referência a dois irmãos romanos que militaram a favor da reforma agrária e foram assassinados (133 e 121 antes de Cristo).

Funda em 1794 o jornal “A Tribuna do Povo” e cria em 1795 a Sociedade dos Iguais com Buonarroti.

Face ao aumento da reação “thermidoriana”, essa sociedade reivindica a aplicação da constituição de 1793, que adicionou emendas à de 1789.

As emendas em questão são sobretudo concessões às reivindicações populares: direito à educação, à assistência pública.

Preso em 1796, Babeuf é executado em maio de 1797, após uma tentativa de suicídio.

Marx considerava Babeuf o “primeiro comunista ativista” e a Conjuração do Iguais o “primeiro partido comunistas”.

Para Rosa de Luxemburgo, Babeuf é “o primeiro precursor dos levantes revolucionários do proletariado”.

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